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Venda do Chelsea em risco. Governo britânico quer impedir Abramovich de receber qualquer verba (com áudio)

O governo britânico quer garantir que nenhuma das verbas envolvidas no processo de aquisição do Chelsea, encabeçadas pelo empresário norte-americano, Todd Boehly, acabem nas contas de Abramovich.
  • Chelsea FC
17 Maio 2022, 09h26

O governo britânico está preocupado que a aquisição de 4,25 mil milhões de libras (5,1 mil milhões de euros) do Chelsea possa cair por terra, caso Roman Abramovich, o ainda dono do clube inglês, recuse aprovar a venda por exigir ser ressarcido com 1,6 mil milhões de libras (1,9 mil milhões de euros) — valor que emprestou ao emblema londrino após assumir a presidência em 2003.

Segundo o “The Guardian”, o governo britânico quer garantir que nenhuma das verbas envolvidas no processo de aquisição do Chelsea, encabeçadas pelo empresário norte-americano, Todd Boehly, acabem nas contas de Abramovich. A licença especial atribuída aos ‘blues’, na sequência do congelamento de ativos do oligarca russo, expira em 31 de maio, aumentando as preocupações sobre o cumprimento do prazo para a venda ser concluída.

A proposta do governo britânico passa por dividir o processo de venda em duas etapas, em que os 2,5 mil milhões de libras (2,9 mil milhões de euros) da venda ao grupo de Boehly iriam para uma conta de garantia e seriam mantidos até que os fundos fossem para uma instituição de caridade, que ficará encarregue de os distribuir às vítimas da guerra na Ucrânia.

Mas fontes de Westminster, citadas pelo “The Guardian”, afirmam que o acordo foi retido pela estrutura de propriedade do clube, a Fordstam Ltd, que deve 1,6 mil milhões de libras (1,9 mil milhões de euros) à Camberley International Investments, uma empresa sediada em Jersey (Reino Unido) com suspeitas de ligações a Abramovich. O governo britânico alegou que Abramovich e o Chelsea querem que o empréstimo seja reembolsado e depois congelado antes de ir para uma instituição de caridade.

O governo do Reino Unido também diz que precisa de mecanismos legais que garantam que o dinheiro não acabará nas contas do oligarca russo.

A equipa de Abramovich negou as alegações de que o bilionário poderia atrasar o acordo ao renegar a promessa de cancelar o seu empréstimo ao Chelsea. Abramovich insistiu que a instituição de caridade será uma organização independente e será administrada por um ex-responsável de uma organização das Nações Unidas, com o qual nunca manteve, nem mantém, qualquer conexão.

O Chelsea foi representado nas negociações com o governo pelo presidente do clube, Bruce Buck, e pela diretora Marina Granovskaia. Buck e Granovskaia, ambos com laços de longo prazo com Abramovich, deverão integrar a administração do emblema da capital inglesa, após ser concluída a aquisição pelo grupo de Boehly.

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