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Governo promete nova redução das portagens para o interior

“Nós temos vindo a diminuir as portagens e iremos continuar a diminuir mas, insisto, essas portagens, mais uma vez, é estar a olhar para o litoral”, defendeu António Costa, em entrevista à “Notícias Magazine”.
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3 Fevereiro 2020, 16h39

O primeiro-ministro prometeu nova redução das portagens nas autoestradas para o interior do país. “Nós temos vindo a diminuir as portagens e iremos continuar a diminuir mas, insisto, essas portagens, mais uma vez, é estar a olhar para o litoral”, defendeu António Costa, em entrevista à “Notícias Magazine”, revista do “Jornal de Notícias” (JN), divulgada este domingo.

“Olhe para o outro lado da fronteira. Pagará muito menos portagens para o outro lado da fronteira do que se vier para o litoral. Sabe onde nasceu e onde está sedeada uma das poucas multinacionais que o país tem? Em Campo Maior. Quer interior mais interior que Campo Maior? O que contribuiu muito para o crescimento do Grupo Delta foi precisamente ter crescido desde a origem não exclusivamente virado para o mercado português, mas para um mercado ibérico, que lhe deu uma dimensão e uma escala quer lhe permite ser hoje uma empresa à escala global”, defendeu o primeiro-ministro.

Em termos de interioridade, o chefe de Governo considerou que “um dos problemas tem a ver com a representação geográfica errada que temos do país”. “Porque é que chamamos interior? Porque foi um país que, secularmente, se construiu como muralha contra Espanha para assegurar a nossa independência. Ora, os tempos são outros. Hoje não somos inimigos. Não somos concorrentes, somos parceiros na União Europeia e portanto temos de olhar para aquela linha de fronteira não como uma barreira, mas uma ponte de ligação entre os dois países”, explica.

O primeiro-ministro entende que se passa para esse nível, “primeiro, com aquilo que vai ser o tema central da Cimeira Ibérica, que é a construção, já para este quadro financeiro plurianual, de uma estratégia transfronteiriça”.

A próxima cimeira ibérica – em 2019 não ocorreu – deverá ter lugar em abril, em data a especificar, na Guarda.

“A regra na União Europeia é que as zonas de fronteiras são as mais desenvolvidas, a única exceção é a fronteira entre Portugal e Espanha. Portanto, temos de inverter essa tendência. Uma empresa que não olhe para o nosso mercado interno, como um mercado de dez milhões, mas olhe para um mercado de 60 milhões, percebe que a sua melhor localização é porventura em Castelo Branco ou em Viseu, onde está mais no centro desse mercado ibérico”, assegura António Costa, em declarações à “Notícias Magazine”/JN.

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