O grupo hispano britânico IAG anunciou perdas de 1,6 milhões de euros no primeiro trimestre de 2020 devido ao “efeito devastador” do coronavírus nos “setores globais das companhias aéreas e de viagens”, revela o jornal “Expansión” esta quinta-feira, 7 de maio.
No mesmo período de 2019 a empresa tinha apresentado lucros de 70 milhões de euros. A holding que engloba as companhias aéreas Iberia, British Airways, Vueling e Aer Lingus, reconhece que houve três fatores que afetaram os seus resultados entre os meses de janeiro e março: combustível, taxas de câmbio e o coronavírus.
“A maioria das perdas no trimestre ocorreu nas últimas duas semanas de março. O resultado das operações até ao final de fevereiro foi semelhante ao ano anterior. No entanto, os resultados do mês de março foram seriamente afetados pelas restrições de viagens impostas pelos governos devido à rápida disseminação da Covid -19, que impactou significativamente a procura”, referiu Willie Walsh, CEO do IAG.
O grupo de companhias aéreas está planear voltar no mês de julho ou “o mais cedo possível, dependendo do levantamento das medidas de contenção e das restrições de viagens pelo mundo”. O CEO explica que “para garantir que os nossos clientes e funcionários estejam adequadamente protegidos neste novo ambiente”, a empresa poderá fazer “uma redução total na capacidade de transporte de passageiros de cerca de 50% em 2020”.
Willie Walsh avisa que não espera que a procura por este meio transporte de passageiros regresse ao nível de 2019 antes de 2023. “A reestruturação de todo o grupo é essencial para superar a crise e manter um nível adequado de liquidez. A nossa intenção é emergir da crise como um grupo mais forte”, sublinhou.
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