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Abanca com lucros de 143 milhões de euros após reforçar provisões em 211 milhões

A carteira de empréstimos tem um maior peso de setores menos vulneráveis à pandemia e está maioritariamente baseada na Galiza, que o Abanca diz que é uma região com maior resiliência à crise.
3 Novembro 2020, 14h26

O Abanca obteve nos primeiros nove meses do ano um resultado líquido atribuível de 143,4 milhões de euros, após realizar provisões de 210,8 milhões de euros para reforçar a sua posição financeira perante a crise covid-19, anunciou o banco espanhol que tem uma sucursal em Portugal. O custo do risco de crédito ficou em 0,63%.

A margem financeira cresceu 10,3% e as comissões 19,1%. O rácio de eficiência ficou em 59%, devido à contenção de custos.

“O banco enfrenta o atual contexto com níveis robustos de capitalização (16,3% do capital total e 1.214 milhões de euros de excesso sobre os requisitos), uma situação de liquidez confortável (rácio LTD de retalho de 96,3% e 10.905 milhões em ativos líquidos), elevados níveis de cobertura (66,0% de ativos duvidosos e rácio do Texas de 31,0%) e elevada qualidade dos ativos (rácio de morosidade de 2,6%)”, refere.

Em comunicado o banco diz que a sua carteira de crédito do banco está bem posicionada para lidar com as consequências da pandemia. “Além da baixa morosidade e elevada cobertura, o Abanca apresenta uma ampla diversificação por setores de atividade económica e mostra uma menor exposição aos setores mais vulneráveis e consequentemente aos efeitos da pandemia covid-19. Este facto é agravado pela maior resiliência da economia galega, o que contribui positivamente para a solidez e qualidade do negócio do banco”, acrescenta.

“Ao longo dos últimos trimestres, o banco implementou estratégias proactivas para prestar um apoio abrangente à sociedade, a fim de superar o impacto da crise”, revelou o banco.

Na esfera económica, o banco formalizou operações de financiamento com garantia pública no montante de 2.753 milhões de euros. Além disso, também aplicou medidas de flexibilização financeira a hipotecas (moratórias) num total de 798 milhões de euros e 381 milhões de euros a outros tipos de financiamento.

“Os últimos trimestres também representaram um forte impulso à digitalização da atividade do banco”, explica o banco. A 30 de setembro, o Abanca registou um aumento de 52,2% no número de transações digitais e “continuou a aumentar a sua produtividade por colaborador”, garante a instituição. Além disso, “a especialização e a visão centrada no cliente levaram à captação de mais de 40.000 novos clientes desde janeiro”, diz o comunicado.

Durante os primeiros nove meses do ano, o negócio dos meios de pagamento também registou um crescimento relevante. Só em Espanha, o Abanca registou um aumento de 12,4% no número de cartões de crédito e de 22,2% nos terminais TPA, números que também foram apoiados pelo forte aumento do volume de transações realizadas com cartões Abanca e POS.

Com o crédito e recursos o volume de negócios aumentou 5,7% face ao período homólogo  para 89,6 mil milhões de euros.

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