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Acionistas do ex-BESA desmentem Álvaro Sobrinho

Em comunicado, os acionistas e o presidente do conselho de administração do Banco Económico consideram “falsas e caluniosas” as suas acusações
  • Álvaro Sobrinho
13 Setembro 2018, 11h30

Os acionistas do extinto Banco Espírito Santo Angola (BESA) refutaram esta quarta-feira as acusações feitas na véspera pelo antigo administrador executivo Álvaro Sobrinho, que afirmou que a falência da instituição bancária foi uma decisão política e não por insolvência.

Em comunicado, os acionistas e o presidente do conselho de administração do Banco Económico (BE, que tem origem no BESA) consideram “falsas e caluniosas” as acusações contidas nas declarações de Álvaro Sobrinho (na foto), acusando-o, por sua vez, de mentir por “não apresentar os factos tal como eles ocorreram”.

Nesse sentido, os acionistas, que, escreve-se no comunicado, “acabaram por assumir grandes perdas do investimento que haviam realizado”, apelaram ao Banco Nacional de Angola (BNA) e à Procuradoria-Geral da República (PGR) para se pronunciarem, manifestando, paralelamente, “total disponibilidade para o esclarecimento da verdade”.

No documento, em que são citados dois comunicados, um do BNA e outro do Banco de Portugal (BdP), os acionistas referem que “não houve qualquer decisão política para decretar a falência do BESA”, tal como foi referido por Álvaro Sobrinho.

“[A falência do BESA, em 14 de Outubro de 2014) decorreu, sim, dos erros da sua [Álvaro Sobrinho] gestão e dos seus dinheiros que para si retirou, sendo esta uma questão da sua exclusiva responsabilidade”, lê-se no comunicado.

Terça-feira à noite, numa entrevista à Televisão Pública de Angola (TPA), o ex-presidente da Comissão Executiva do BESA afirmou que a instituição faliu por decisão política e não por insolvência.

“O banco faliu por decisão política, tendo em conta as pessoas nele envolvidas. Por isso, digo que era uma decisão política”, justificou o empresário e matemático de formação, no programa “Grande Entrevista” da TPA.

Álvaro Sobrinho questionou se o BESA faliu mesmo porque, no seu entender, do ponto de vista formal, o banco existe com outra denominação (Banco Económico) e, do ponto de vista prático, não houve nenhum organismo internacional, independente, estatal e nem auditor que declarasse a falência da instituição.

“O BESA foi alvo de uma auditoria, em 2011, que não viu falência”, referiu o empresário, salientando que a narrativa da insolvência nasceu dos acionistas e que a situação de bancarrota não foi declarada pelo BNA, auditores da KPMG, conselho fiscal ou outros reguladores internacionais.

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