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“Acordámos com uma má notícia”. António Costa sublinha “incerteza” em torno da vacina

“A semana passada havia um enorme otimismo de que o processos de avanço das vacinas estava rápido, hoje todos acordamos com uma má notícia que pelo menos um processo das vacinas teve de ser suspenso, os testes”, lembrou o primeiro-ministro.
  • John Thys/EPA
9 Setembro 2020, 13h52

O primeiro-ministro, António Costa enalteceu esta quarta-feira, na Bienal de Arte Têxtil, em Guimarães, a “incerteza” que existe em torno do processo de aprovação da vacina, depois de terem sido suspensos os testes da farmacêutica AstraZeneca.

“A semana passada havia um enorme otimismo de que o processos de avanço das vacinas estava rápido. Hoje todos acordamos com uma má notícia que pelo menos um processo das vacinas teve de ser suspenso, os testes”, recordou António Costa apontando que “temos de incorporar essa incerteza no nosso processo de decisão, mas também temos que incorporar a nossa força e na nossa determinação para poder agir”.

“Sabendo que temos que viver com o vírus, há uma coisa que sabemos que é fundamental: é que não podemos perder a vida com o vírus, isso implica muita disciplina de todos nós”, frisou o primeiro-ministro à margem da sua visita à Bienal de Arte Têxtil, em Guimarães.

A 3 de setembro, A União Europeia demonstrava-se esperançosa pelo negócio de 30 milhões de vacinas contra a Covid-19 com a AstraZeneca e na segunda-feira, 7 de setembro, o presidente do Infarmed também mencionou o assunto durante a reunião onde se deu conta do estado atual da pandemia em Portugal e apontava o avanço da vacina da AstroZeneca como algo positivo.

Para que a vida não se perca para o vírus, António Costa destacou a necessidade de investir na recuperação económica do país. “O desafio que temos pela frente, é o desafio de que temos de controlar a pandemia e ao mesmo tempo, temos de ser capazes de recuperar o país”, referiu o primeiro-ministro.

O crescimento económico estará assente na reindustrialização, mas também em indústrias como o calçado, o têxtil e o agroalimentar. “São indústrias fundamentais e com as quais contamos para o futuro, vão ter de ser mesmo os motores da recuperação económica do país, por isso fiz questão de hoje estar aqui com o mundo da arte, com o mundo da ciência, mas também com o mundo da indústria têxtil, no mesmo dia que à tarde estarei com o mundo da indústria do móvel para transmitir esta mensagem: é mesmo convosco que contamos para a recuperação do país”, garantiu António Costa.

Durante a sua intervenção, o primeiro ministro lembrou ainda que “convidámos uma personalidade estranha à atividade politica para poder pensar em liberdade o que é que deve ser a visão estratégica do esforço de recuperação que o país tem que fazer neste contexto de pandemia e de pós pandemia”.

Citando o plano elaborado por António Costa Silva, António Costa referiu que um dos desígnios propostos foi o da “reindustrialização do país”. O primeiro-ministro explicou que esta reindustrialização não “prescinde da indústria que sempre tivemos , a indústria que ao longo dos séculos fez de nós aquilo que nós somos”.

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