As empresas nacionais procuram oportunidades de negócio num dos mercados mais atrativos para a indústria, onde o valor ultrapassa os 7 mil milhões de dólares anuais.
A AEP – Associação Empresarial de Portugal (AEP) e 22 empresas portuguesas do sector alimentar estão no Dubai esta semana, entre os dias 20 e 24 de fevereiro, para participar na feira Gulfood, onde terão oportunidade para abordar vários mercados internacionais e explorar as suas potencialidades de negócio.
Do plano de viagem, que arranca esta segunda-feira, faz ainda parte uma visita institucional da embaixada de Portugal nos Emirados Árabes Unidos e da representação da AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal nesta região do Golfo Pérsico (AICEP Abu Dhabi), que como um todo tem a maior taxa de crescimento de consumo alimentar per capita do mundo.
“Há 13 anos consecutivos que AEP organiza, através do projeto BOW – Business on the Way, a participação nacional na Gulfood, tendo já apoiado 370 empresas. Além da importância da Gulfood, não podemos esquecer que o Dubai tem um papel importante como plataforma logística para outros mercados, reexportando cerca de 70% dos produtos importados para os restantes países do Golfo”, destaca o presidente da AEP, em comunicado de imprensa, divulgado esta manhã.
Luís Miguel Ribeiro enaltece ainda a “localização estratégica e competitiva” do Dubai, bem como o “fácil acesso” a mercados do Médio Oriente, Ásia e África e o estatuto de “maior centro de negócios da região e um dos mercados mais atrativos do globo”. Segundo a AEP, a região MENA (Middle East e North Africa) é a maior importadora líquida de produtos alimentares a nível mundial.
Os números não se ficam por aqui: em média, no Golfo Arábico mais de metade (55%) das importações de produtos alimentares destinam-se ao retalho, sendo que o canal Horeca (restaurantes, hotéis, cafetarias e catering) absorve cerca de 25%.
A associação assinala ainda que o valor da indústria alimentar nos Emirados Árabes Unidos ultrapassa os 7 mil milhões de dólares anuais e nos mercados do GCC (Conselho de Cooperação do Golfo i.e. — Arábia Saudita, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Omã, Bahrein e Qatar) ultrapassa os 60 mil milhões de dólares, aparecendo a Arábia Saudita como um dos principais importadores.
