Aeroporto de Lisboa bateu novo recorde em 2019, acima dos 31 milhões de passageiros

O tráfego de passageiros no aeroporto Humberto Delgado bateu novo recorde no ano passado com um crescimento de 7,4% no tráfego de passageiros verificado, segundo um documento do Grupo Vinci Airports.

Em termos absolutos, este crescimento traduziu-se num aumento de mais de dois milhões de passageiros face ao ano precedente, em que o aeroporto da capital havia registado um total de cerca de 29 milhões de passageiros.

Um crescimento significativo tendo em conta que nos últimos anos o aeroporto Humberto Delgado tem sido constantemente criticado pelos congestionamentos de tráfego que tem provocado, um argumento para acelerar a decisão sobre o novo aeroporto no Montijo.

No conjunto dos dez aeroportos da ANA, o tráfego de passageiros aproximou-se da barreira histórica dos 60 milhões em 2019, traduzindo um crescimento de 6,9% face ao ano precedente.

No ano passado, o tráfego geral nos aeroportos geridos pela ANA tinha sido de 55,3 milhões de passageiros.

Segundo dados divulgados no ‘site’ oficial da Vinci Airports, os aeroportos do Porto e de Lisboa, respetivamente, com crescimentos do tráfego de passageiros de 9,8% e de 7,4% face ao exercício de 2018, “são os dois mais dinâmicos aeroportos da União Europeia”.

No aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, que fechou o ano de 2018 com um total de 11,9 milhões de passageiros (mais 10,7% que em 2017), foi igualmente atingido um novo marco histórico, ultrapassando-se a barreira dos 13 milhões de passageiros no ano passado.

No quarto trimestre, o crescimento de tráfego verificado na dezena de aeroportos geridos pela ANA foi na ordem dos 6,4%, “em linha com a tendência geral do ano”, de acordo com os responsáveis da Vinci Airports.

Nas perspetivas para 2020, a administração da Vinci Airports sublinha que, “continuará em diálogo com o governo português para converter a base aérea militar do Montijo num aeroporto civil e para melhorar o aeroporto Humberto Delgado”.

“O objectivo deste projeto é aumentar a capacidade de passageiros na capital portuguesa para acomodar o crescimento esperado de tráfego nos próximos anos”, assinala o referido comunicado.

Em termos globais, no ano passado a Vinci Airports registou um total de 255 passageiros nos 46 aeroportos que o grupo gere em 12 países, o que o torna o segundo maior operador de infraestruturas aeroportuárias do mundo.

Este valor representou uma subida de 5,7% face a 2018, mesmo assim inferior ao crescimento de tráfego de passageiros ocorrido nos aeroportos nacionais geridos pela ANA.