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Agravamento das tensões comerciais entre EUA e China penaliza bolsas europeias

A bolsa portuguesa está a negociar esta terça-feira a negociar no ‘vermelho’, a meio da manhã, partilhando a tendência das congéneres europeias. O principal índice português, PSI 20, cai 0,83%, para 5.523,66 pontos, pressionado pelas desvalorizações do setor da energia e papeleiras. A Galp Energia é a cotada que lidera as quedas, recuando 1,78% para 15,760 euros. A […]
  • Stringer/Reuters
19 Junho 2018, 09h39

A bolsa portuguesa está a negociar esta terça-feira a negociar no ‘vermelho’, a meio da manhã, partilhando a tendência das congéneres europeias. O principal índice português, PSI 20, cai 0,83%, para 5.523,66 pontos, pressionado pelas desvalorizações do setor da energia e papeleiras.

A Galp Energia é a cotada que lidera as quedas, recuando 1,78% para 15,760 euros. A petrolífera nacional está a reagir em baixa, depois de a casa de investimentos RBC Capital Markets ter cortado a sua recomendação de outperform para market perform, embora tenha mantido o preço-alvo das ações da Galp Energia nos 17 euros.

No setor petrolífero, o preço do barril de petróleo está também em queda, o que está a pressionar o desempenho da cotada no índice português. O preço do barril de Brent, que serve de referência para Lisboa e para toda a Europa, recua 0,97% para 74,61 dólares, enquanto o crude WTI recua 1,02%, para 65,02 dólares por barril.

Ainda no setor da energia, a EDP Renováveis cai 0,36% para 8,320 euros, enquanto a REN recua 0,08% para 2,382 euros.

No setor do retalho, a Jerónimo Martins desvaloriza 0,96% para 12,945 euros e a Sonae resvala 0,72% para 1,110 euros.

Do lado das perdas estão também as papeleiras, que apesar dos fortes ganhos das últimas sessões, não escapam ao sentimento negativo do mercado acionista português. A Navigator perde 1,78% para 5,250 euros, a Altri recua 0,71% para 8,380 euros e a Semapa deprecia 0,43% para 23,150 euros.

Há ainda a destacar os CTT, que estão a perder 0,74% para 2,934 euros. A empresa norte-americana BlackRock comunicou esta segunda-feira que reforçou a sua posição no serviço postal nacional, passando a deter 2,56% do capital social dos CTT. Antes a BlackRock tinha 2,01% das ações da empresa.

Em terreno negativo estão ainda o BCP (-1,47%), a Corticeira Amorim (-1,23%), a NOS (-0,21%), a Pharol (-0,21%), a Mota-Engil (-0,83%) e a Sonae Capital (-0,33%).

A negociar em contraciclo estão a EDP (0,06%), a Ibersol (1,79%) e a F. Ramada (1,22%).

Nas restantes bolsas europeias, o sentimento é misto. O índice alemão DAX perde 1,76%, o francês CAC 40 desvaloriza 1,34%, o italiano FTSE MIB recua 1,40%, o holandês AEX deprecia 1,28%, o espanhol IBEX 35 cai 1,39% e o britânico FTSE 100 sobe 0,76%.

“A ameaça dos EUA à China com a imposição de novas tarifas é o tema central para o dia de hoje, justificando a abertura negativa para as bolsas europeias”, afirma Ramiro Loureiro, analista do Mtrader, do Millennium BCP. “[O presidente dos Estados Unidos], Donald Trump, ameaçou ontem à noite a imposição de uma tarifa de 10% às importações chinesas, avaliadas em 200 mil milhões de dólares”.

Num comunicado divulgado pela Casa Branca, a Administração Trump informa que “foram tomadas medidas suplementares para encorajar a China a mudar as suas práticas injustas e a abrir o seu mercado aos bens norte-americanos”. A China já ameaçou responder da mesma moeda aos Estados Unidos, o que está a intensificar as tensões comerciais entre os dois países. Na Ásia, o índice Shangai Composite tomba 4,8%, a maior queda desde 2016.

A marcar o dia vai estar também o discurso do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, que vai falar esta terça-feira no Fórum anual do BCE em Sintra.

No mercado cambial, o euro perde 0,40%, para 1,157 dólares, e a libra recua 0,32%, para 1,320 euros.

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