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Aumento de casos na Madeira é repercussão do fim do ano, admite presidente do Governo Regional

O presidente do Governo da Madeira pediu um maior comportamento responsável por parte dos cidadãos e a colaboração dos estabelecimentos no sentido de cumprirem com as normas, e alertou que os incumpridores serão metidos na ordem. Miguel Albuquerque admitiu que em 31 de janeiro as medidas restritivas possam ser “aliviadas”, mas que isso estará dependente da evolução da pandemia.
19 Janeiro 2021, 10h09

O presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, disse que a situação “está controlada” na região, e que não existe transmissão comunitária de covid-19 na ilha. O governante sublinhou que “[desde] sexta-feira que estamos a sofrer a repercussão do fim do ano. Foram os 14 dias de incubação”.

O chefe do executivo regional, de coligação PSD/CDS, complementou que “a perspetiva” é ter esta semana uma subida de casos e, na próxima, uma diminuição devido ao confinamento em vigor na Madeira.

“Portanto, temos a situação neste momento controlada”, reforçou, mencionando que Câmara de Lobos “é, neste momento, o concelho que inspira mais cuidados”.

Miguel Albuquerque salientou que, na segunda-feira, estão internados no Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, 73 doentes, dois dos quais nos cuidados intensivos, mas a região tem uma capacidade de 238 camas disponíveis para estas situações.

“Portanto, o número de camas e infraestrutura para a covid-19 está apto, agora vai depender muito do nosso comportamento”, sublinhou.

Também referiu que foram efetuados até ao momento 11.277 testes nas escolas da região e “apenas deram 40 positivos”, o que representa “0,35% e revela que as escolas continuam a ser um exemplo de segurança em termos de covid-19”, destacou.

Já foram vacinadas 4.117 pessoas da área da Saúde, acrescentou.

O presidente do Governo insular apelou ainda a um maior comportamento responsável por parte dos cidadãos, criticando os que nos fins de semana se têm concentrado nos estabelecimentos para conviver e beber poncha, sem usar máscaras e desrespeitando as regras do distanciamento social.

Caso não cumpram as regras “isto vai ser um problema”, avisou, mencionando que estas situações têm sido “recorrentes”. Para garantir que a situação não se repete no próximo fim de semana, Albuquerque anunciou um reforço da fiscalização.

“Isto vai ser tudo metido na ordem”, assegurou, pedindo aos donos dos estabelecimentos para que colaborem com as autoridades, sublinhando que estas vão “atuar de forma muito rigorosa”.

Segundo Miguel Albuquerque, o Governo Regional, na próxima quinta-feira, vai deixar “clarinho”, numa resolução, o que é permitido nos estabelecimentos.

Argumentou que os profissionais dos serviços de saúde estão “a fazer sacrifícios 24 sobre 24 horas” e que a região vive uma “situação crítica”.

“Queremos manter a economia aberta, estamos a tentar fazer o possível e, depois, temos comportamentos irresponsáveis” de pessoas e estabelecimentos que não cumprem as regras, afirmou.

Para Miguel Albuquerque, as medidas adotadas na Madeira “são perfeitamente razoáveis”, sendo objetivo não parar a economia, o trabalho e as escolas.

O presidente do Governo Regional admitiu que em 31 de janeiro as medidas restritivas possam ser “aliviadas”.

“Temos de esperar esta semana até garantir a redução do número de casos e temos esperança de que isso vai acontecer”, concluiu.

A Madeira registou no domingo o recorde de 156 novos casos de covid-19, elevando o total de infeções ativas para 1.600, das quais 1.481 são de transmissão local.

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