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BCP dispara na bolsa à boleia da subida da banca nos mercados da Europa

O BCE está a discutir um novo programa de TLTRO (Targeted longer-term refinancing operations), empréstimos a bancos a juros muito baixos e que estão vinculados à concessão de empréstimos a famílias e empresas. A banca disparou em bolsa.
15 Fevereiro 2019, 17h39

A pouco menos de uma semana de apresentar os resultados anuais, o BCP fechou hoje a subir 3,43% para 0,2350 euros. As ações do BCP seguem uma tendência do setor nos principais mercados europeus.

Esta valorização das ações da banca acontece depois de Benoit Coeure, membro do Banco Central Europeu (BCE) ter dito que o banco central está a discutir a hipótese de lançar novas rodadas de injeções de liquidez para o setor bancário. Isto é, empréstimos baratos para os bancos, de acordo com a Reuters.

O BCE está a discutir um novo programa de TLTRO (Targeted longer-term refinancing operations), empréstimos a bancos a juros muito baixos e que estão vinculados à concessão de empréstimos a famílias e empresas.

O Conselho do BCE criou estas operações de refinanciamento de prazo alargado direcionadas (em inglês, TLTRO) para apoiar a concessão de crédito bancário à economia real e, assim, melhorar a transmissão da política monetária em 2014.

A evolução das ações do BCP compara-se com a evolução das ações dos bancos em Espanha. O Sabadell foi o melhor título do Ibex 35 com um aumento de 5%. O Bankinter registou uma subida de quase 4%. O Santander, BBVA e CaixaBank avançaram cerca de 3%. Por sua vez o Bankia sobe 2,8% e a ArcelorMittal (conglomerado industrial multinacional de empresas de aço) esteve entre os melhores títulos do dia em Espanha com um aumento de 3,5%.

O analista do Millennium BCP Investimento comenta que “a Banca beneficiou do ambiente positivo em torno dos setores cíclicos”.

As ações da Galp seguiram-se nos ganhos 2,75% para 14,385 euros e a Corticeira Amorim ganhou  1,77% ao fechar nos 9,790 euros.

A EDP Renováveis subiu 1,51% para 8,090 euros, ao contrário da EDP que caiu -0,37% para 3,248 euros.

As ações da Semapa fecharam a subir 1,46% para 15,30 euros, numa altura em que a holding que detém a Navigator e a Secil aguarda a apresentação de resultados.

Em terreno negativo só a REN e a Jerónimo Martins (-0,15% e -0,16%, respetivamente).

Os investidores foram ganhando otimismo ao longo da sessão e acabaram por levar os principais índices de ações europeus a encerrarem com ganhos expressivos. Na origem desta subida está mais uma vez a guerra comercial  “que se mantém como um dos grandes drivers no sentimento, com os investidores a aguardarem pelas conclusões das reuniões entre os EUA e a China”, escreve o analista Ramiro Loureiro.

“Os sinais positivos em torno das negociações comerciais EUA/China, perante notas do Presidente chinês a referirem que as duas nações deram um passo importante e que as negociações vão continuar na próxima semana em Washington trouxeram ânimo redobrado”, acrescenta o analista do BCP.

O FTSE 100 subiu 0,55% para 7.236,7 pontos; O EuroStoxx 50 subiu 1,84% para 3.241,25 pontos; CAC 40 subiu 1,79% para 5.135,2 pontos; e o Dax valorizou 1,89% para 11.299,8 pontos. O FTSE MIB ganhou 1,9% para 20.212,3 pontos e o IBEX fechou com ganhos de 2,91% para 9.123,2 pontos.

 

Olhando para o mundo empresarial, a francesa Vivendi disparou 5,63% após boa performance da unidade UMG, dz o analista do BCP que adianta que “a Telecom Italia vê o banco estatal italiano considerar duplicar a posição na empresa, outra boa notícia para a Vivendi (detentora de 23,94%), que vê as ações da Telecom dispararem 6%”.

A subida dos preços das matérias-primas impulsionou os setores de Recursos Naturais e Energético. Os futuros do Brent em, Londres disparam 2,2% para 65,99 dólares o barril; e o WTI ganha 2,19% para 55,6 dólares.

Destaque ainda para a notícia que Trump declarou emergência nacional para financiar a construção do muro com o México.

O euro cai 0,18% para 1,1275 dólares.

As obrigações a 10 anos da Alemanha continua em trajetória descendente. Caíram 0,2 pontos base para 0,101%. A dívida portuguesa cai 1,2 pontos base para 1,562% e a dívida espanhola caiu 0,2 pontos base para 1,562%. Também a dívida italiana está com os juros em queda. O Estado italiano vê os juros caírem 0,4 pontos base para 2,799%.

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