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BCP. Disparo das ações “leva a crer que há institucionais a entrar no mercado”

A ideia foi transmitida ao JE por um analista da XTB, Vitor Madeira, que refere que a subida de 6% dos títulos do banco não deverá ser só promovida pelos pequenos investidores. Assinala ainda a possibilidade de os títulos alcançarem ou mesmo passarem os 33 cêntimos.
  • RODRIGO ANTUNES/LUSA
18 Abril 2024, 20h23

As ações do BCP valorizaram quase 6% na sessão desta quinta-feira e alcançaram os 0,3134 euros nas negociações, com o volume de transações a escalar também. Uma situação que indica que terá havido entrada de investidores institucionais e que não terão sido os “pequenos” a gerar a subida nas negociações.

Quem o diz é um analista da corretora financeira XTB, Vitor Madeira, quando contactado pelo Jornal Económico. O próprio assinalou os “resultados positivos” registados pelo Goldman Sachs e o Wells Fargo, que contribuíram para o sentimento positivo da banca na bolsas dos EUA e um pouco por todo o mundo.

Ainda assim, sublinha que “a reação do BCP é mais forte do que todos os outros bancos”.

Em causa está a ideia transmitida pelo CEO do Millennium BCP, Miguel Maya, de que o banco vai avançar com um “dividend payout igual ou superior a 50%“ já este ano. Significa isto que, em 2025, os acionistas do BCP vão receber em dividendos um valor total igual ou superior a metade dos lucros que o banco registar em 2024.

Com as ações do BCP a encerrarem a sessão nos 0,3134 euros, o analista assinala a possibilidade de a tendência ser para manter. “Em termos técnicos, está a tentar quebrar a resistência na zona dos 0,315 euros e, caso haja um rompimento em alta do preço”, começa a haver uma probabilidade muito alta de atingir os 0,33 ou 0,335 euros”. Um patamar que aqueles títulos rondaram nos dias 4 e 5 de dezembro de 2023, acabando depois por cair e, desde então, não mais se aproximaram.

Com o volume de transações a atingir cerca do dobro da média das 20 sessões anteriores, o analista que a situação “leva a crer que há institucionais a entrar no mercado” e, nesse sentido, não terão sido os “pequenos que fizeram levantar o preço”. Simultaneamente, um sinal importante é o facto de os títulos terem encerrado perto do “máximo do dia” e, nesse sentido, “a probabilidade de subir é mais alta do que a probabilidade de descer” na sessão de sexta-feira.

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