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BCP, Galp e Mota elevam Bolsa de Lisboa para ganhos

A banca em toda a Europa do sul está em alta devido ao abrandamento da pressão sobre a dívida italiana. Os juros da dívida italiana a 10 anos caem 7,3 pontos base para 2,876%. As principais praças fecharam no verde.
25 Setembro 2018, 17h14

As ações do BCP (+2,4% para 0,2594 euros); da Galp (+2,21% para 17,15 euros) e as da Mota-Engil (+2,17 para 21,2 euros) lideraram as subidas do índice PSI 20 que fechou em alta de 0,52% para 5.389,17 pontos, isto apesar de a maioria das ações que o compõem terem fechado em terreno negativo (10 títulos fecharam em queda e seis em alta). A maior queda coube à Navigator que desceu -1,83% para 4,180 euros.

“Em Portugal, a Mota-Engil ganhou o concurso para construir a maior ponte em África do Sul. Numa altura em que não se vivesse uma crise nos países emergentes, sería uma notícia positiva para a construtora. Mas África do Sul é um dos países emergentes que vive uma crise económica bastante acentuada e coloca-se em questão a capacidade financeira do país ‘para pagar a tempo e a horas’ à empresa portuguesa”, diz a Carla Santos, Senior Broker da XTB.

Com isto o PSI 20 acompanhou a tendência da maioria das praças europeias que fechou em alta. O EuroStoxx 50 voltou a fechar em alta de 0,25% para 3.419,13 pontos.

O FTSE 100 em Londres fechou em alta de 0,63%; o DAX subiu 0,20% para 12.376,1 pontos; o CAC 40 subiu 0,02% para 5,477,2 pontos. O italiano FTSE MIB subiu 1,4% para 21.639 pontos. Neste ramalhete só o espanhol IBEX fechou em queda (-0,18% para 9.459,9 pontos).

A banca em toda a Europa do sul está em alta devido ao abrandamento da pressão sobre a dívida italiana. Os juros da dívida italiana a 10 anos caem 7,3 pontos base para 2,876%. A dívida portuguesa cai 0,6 pontos base para 1,892% e a espanhola desce 0,1 pontos base para 1,525%. O referencial alemão sobe 3,1 pontos base para 0,541% pelo que o prémio de risco melhora.

O BCP beneficiou dessa conjuntura internacional favorável para a banca. Mas em Portugal pode ter beneficiado também das declarações de Miguel Maya, o presidente do banco, ao Eco, a dizer que vai encerrar o ano com “lucros belíssimos”, que abrem a porta ao regresso aos dividendos, objetivo para o qual o banco está a “fazer tudo”.

Em termos macroeconómicos o sentimento entre os exportadores alemães afirmou-se este mês. Segundo o Ifo, as expectativas de exportação da indústria alemã subiram para 15,1 ponto em setembro, face a 14,4 pontos em agosto, registando o seu terceiro aumento sucessivo. Os exportadores alemães atualmente parecem não ser afetados pelos conflitos comerciais internacionais.

A recuperação do mês passado nas expectativas de exportação na indústria automóvel foi de curta duração. Em setembro, os fabricantes de automóveis não relataram margem para exportações adicionais.

As empresas de produtos elétricos, alimentícios e de engenharia mecânica, em particular, esperam que as suas receitas externas aumentem.

As expectativas de exportação no setor farmacêutico alcançaram o maior nível desde janeiro de 2016.

Noutros mercados, o petróleo continua a subir, mas a um ritmo menos forte. O Brent, referência em Londres sobe 0,86% para 81,9 dólares e o WTI nos EUA ganha apenas 0,01% para 72,09 dólares.

O euro continua à boleia das declarações de Draghi a valorizar face ao dólar. Sobe 0,19% para 1,177 dólares.

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