BEI emprestou 2,1 mil milhões a Portugal, metade para PME e Midcaps

O Banco Europeu de Investimento (BEI) emprestou 2,1 mil milhões de euros a Portugal em 2023, o que representa um aumento de mais de 25% em comparação com o ano anterior. Cerca de metade deste valor foi canalizado para pequenas empresas e empresas de média capitalização (Midcaps).

“O BEI autorizou 1,8 mil milhões de euros para o financiamento de projetos de grande dimensão que melhoram as infraestruturas, contribuem para a empregabilidade e para o crescimento sustentável do país e, ao mesmo tempo, promovem a ação climática e a sustentabilidade ambiental”, refere o banco num comunicado. Já o Fundo de Investimento Europeu (FEI) contribuiu com 366 milhões de euros para estimular a inovação e o crescimento das empresas.

Números que, segundo a mesma entidade, colocam Portugal entre os sete principais beneficiários do apoio do grupo BEI em termos de produto interno bruto, tendo o financiamento concedido no ano passado representado 0,8 % do PIB português. As operações apoiadas pelo grupo permitiram mobilizar um financiamento total de cerca de 7,7 mil milhões de euros.

“O Grupo BEI apresentou excelentes resultados em Portugal em 2023. Os nossos investimentos estão a contribuir para o reforço da competitividade da economia portuguesa e têm um impacto concreto no terreno, aumentando a coesão social e promovendo uma economia verde”, afirmou Nadia Calviño, presidente do BEI, referindo ainda que o grupo está a “reforçar o apoio às pequenas e médias empresas, que estão no centro da economia portuguesa, tornando-as o motor de crescimento económico, de criação de emprego e de desenvolvimento sustentável”.

Apoio às PME e Midcaps duplica para mil milhões

No ano passado, o apoio do BEI às PME, bem como às Midcaps, ascendeu a 1,02 mil milhões de euros, o que representa mais do dobro do montante concedido em 2022. De acordo com o grupo, mais de 19 mil empresas, que empregam perto de 363 mil colaboradores, receberam o apoio.

Para isso, o banco assinou contratos com o Santander, Novobanco e BCP “que visam mobilizar 2,3 mil milhões de EUR em novos financiamentos para aumentar a competitividade das empresas portuguesas”. Por outro lado, o FEI assinou sete operações no total de 366 milhões, mobilizando cerca de 1,2 mil milhões em financiamento, com 90% dos investimentos a assumirem a forma de garantias e titularizações.

Entre as outras prioridades do BEI está a energia sustentável e recursos naturais, uma área na qual o banco investiu 604 milhões de euros, mas também a inovação, digitalização e capital humano, com um apoio de 282 milhões. Por outro lado, o BEI investiu 209 milhões de euros em Portugal no âmbito do objetivo de política pública cidades e regiões sustentáveis.

Em termos globais, os projetos assinados pelo Grupo BEI ascenderam a 87,85 mil milhões de euros, com um montante total mobilizado de 270 mil milhões de euros. O financiamento verde pelo Grupo BEI totalizou 49 mil milhões de euros.