A Bityond planeia tornar-se, esta terça-feira, a primeira empresa a realizar uma initial coin offering (ICO) a partir de Portugal. A operação, que se assemelha a uma oferta pública inicial de ações em versão cripto, não está prevista na lei portuguesa pelo que nem é autorizada nem proibida. A Bityond consiste numa plataforma de recrutamento e gestão de talento, cujo desenvolvimento será feito através do financiamento angariado a partir da ICO, que irá decorrer até 30 de junho.
“Visto que a empresa existe desde 2015 em Portugal, decidi fazer a ICO também em Portugal”, explicou Pedro Febrero, fundador da Bityond, ao Jornal Económico. “A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) emitiu um comunicado a explicar que o investimento neste tipo de produtos e projetos é bastante arriscado e que todo o investimento não está regulado. Não existe de momento nenhuma diretriz sobre o tema, o que significa que a única solução é arriscar”.
A empresa vai fazer isso mesmo: arriscar, ao procurar um máximo de 400 Ethereum. Uma unidade da criptomoeda Etherium equivale a 100 mil Bityond Tokens (BYT) e a cerca de 630 dólares. O financiamento será aplicado no desenvolvimento da segunda e terceira versões da plataforma, que já está em funcionamento. A Bityond pretende também desenvolver a aplicação mobile, bem como parcerias e a rede de clientes.
Os investidores que comprarem tokens terão direito a três contrapartidas: parte dos lucros na forma de dividendo, direito de voto em novos desenvolvimentos e direito de gastar ou doar tokens para concretizar os desenvolvimentos propostos ou em serviços analíticos da plataforma.
Artigo publicado na edição semanal do Jornal Económico. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor.
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