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BMI diz que doadores de Moçambique não regressam em 2018 e investimento público continua a cair

A consultora BMI Research considera que os doadores de Moçambique não vão regressar ao país no decorrer deste ano e que o investimento público vai continuar a ser reduzido nos próximos tempos devido à falta de apoio internacional.
11 Fevereiro 2018, 15h26

A consultora BMI Research considera que os doadores de Moçambique não vão regressar ao país no decorrer deste ano e que o investimento público vai continuar a ser reduzido nos próximos tempos devido à falta de apoio internacional.

“O Governo de Moçambique vai continuar a cortar nos investimentos nos próximos trimestres para tentar lidar com a pressão orçamental que surge da retirada da assistência internacional”, escrevem os analistas desta consultora do grupo da agência de ‘rating’ Fitch.

Na mais recente análise de risco da consultora, a que a Lusa teve acesso, os analistas mostram-se convencidos de que “há poucas hipóteses de os credores estrangeiros e doadores voltarem em 2018 e com o país a ter eleições durante este ano e eleições nacionais em 2019, é improvável que a despesa corrente seja reduzida”.

Para estes analistas, a economia moçambicana “emergiu do pior da crise que se seguiu às revelações sobre a ‘dívida oculta'”, e o Produto Interno Bruto (PIB) vai acelerar devido à descida da inflação, que por seu turno “vai impulsionar a procura interna e contribuir para a atividade económica, que beneficia também dos investimentos privados nas infraestruturas e da produção de carvão”.

O crescimento, no entanto, não estará ao nível do passado recente, ficando-se pelos 4,6% este ano, acima dos 4,1% estimados para o ano passado e 3,8% em 2016, mas “abaixo da tendência de longo prazo de 7% registada entre 2000 e 2015”.

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