[weglot_switcher]

BNU e Bank of China renovam contrato de bancos emissores em Macau

O Governo de Macau assinou recentemente o novo contrato de agência para a emissão de notas com o Bank of China e o BNU, respetivamente. O novo contrato tem uma duração de dez anos, a partir de outubro deste ano, e será valido até 15 de outubro de 2030. O Banco da China e o Banco Nacional Ultramarino desempenham conjuntamente a função de bancos emissores há 25 anos, desde 1995.
  • Fachada do edifício do Banco Nacional Ultramarino em Macau, China.17 de dezembro de 2019. JOÃO RELVAS/LUSA
10 Novembro 2020, 12h27

O BNU, detido pela Caixa Geral de Depósitos, vai continuar a ser banco emissor de moeda de Macau. A Cerimónia de Troca de Contratos de Agente Emissor de Notas de Macau teve lugar no Edifício do Banco da China, 33º Andar.

O Banco da China e o Banco Nacional Ultramarino desempenham conjuntamente a função de bancos emissores daquele território chinês há 25 anos, desde 1995.

O Governo de Macau assinou recentemente o novo contrato de agência para a emissão de notas com o Bank of China e o BNU, respetivamente. O novo contrato tem uma duração de dez anos, a partir de outubro deste ano, e será valido até 15 de outubro de 2030.

De acordo com o contrato, os dois bancos terão uma participação igual na função de emissão de notas e deverão seguir os regulamentos de emissão e a lei, para constituir reservas de moeda estrangeira equivalente às notas emitidas.

“Apesar do mérito do BNU, a gestão da Caixa, liderada por Paulo Macedo e tendo como responsável pelo BNU o José João Guilherme, muito trabalharam para que esta realidade continuasse nos próximos 10 anos”, refere fonte ligada ao processo.

Com a extensa rede financeira da sua matriz portuguesa – a Caixa Geral de Depósitos (CGD), o BNU está numa “posição estratégica” para dar apoio às empresas e desempenhar o seu papel de plataforma de ligação entre a China e os Países de Língua Portuguesa tanto ao nível dos fluxos comerciais como de investimento, e cooperando vigorosamente com o desenvolvimento da Grande Baía de Guangdong-Hong Kong-Macau e para o Plano de Ação da Faixa e Rota, assegura fonte da instituição.

O Bank of China e o BNU organizaram em conjunto a Cerimónia de Troca de Contratos de Agente Emissor de Notas de Macau que contou com a presença do Secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, do Presidente do Banco da China, Wang Jiang, do Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Banco Nacional Ultramarino, Jorge Neto Valente, Secretário-Geral do Gabinete de Ligação do Governo Central, Wang Xindong, Presidente da Assembleia Legislativa, Kou Hoi In, a Subdirectora dos Serviços de Economia, Chan Tze Wai, o membro do Conselho de Administração da Autoridade Monetária de Macau, Lei Ho Ian, Presidente do Banco da China (Sucursal de Macau), Li Kwong,  Presidente do Conselho Executivo do Banco Nacional Ultramarino, Carlos Cid Álvares, e outros convidados oficiais. Estiveram presentes mais de 70 convidados na cerimónia, incluindo delegados de Macau ao Congresso Nacional do Povo e à Conferência Consultiva Política do Povo Chinês e alguns outros distintos convidados, segundo fonte da instituição.

Na cerimónia, o membro do Conselho de Administração da Autoridade Monetária de Macau, Lei Ho Ian, trocou o Contrato de Agente Emissor de Notas com o Presidente do Banco da China (Sucursal de Macau), Li Kwong e com o Presidente do Conselho Executivo do Banco Nacional Ultramarino, Carlos Cid Álvares.

O Secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong referiu no seu discurso que “os dois bancos emissores estiveram sempre em plena cooperação com o Governo de Macau na colaboração com as políticas governamentais, garantindo a estabilidade do aprovisionamento monetário da Região Autónoma Especial de Macau e no cumprimento das suas funções de agente na emissão de notas”.

Referiu ainda o contributo dos dois bancos emissores para a estabilidade económica e social de Macau e ao apoio do Governo. Nos próximos 10 anos, Lei Wai Nong “espera que os dois bancos emissores continuem a trabalhar conjuntamente para promover o melhor desenvolvimento do sector financeiro de Macau, em articulação com a inovação financeira e o surgimento de novos cenários nesta área”.

O Presidente do Conselho Executivo do BNU, Carlos Cid Álvares, referiu na cerimónia que o Banco Nacional Ultramarino “se sente muito honrado por continuar a servir como o agente emissor de notas para a Região Administrativa Especial de Macau nos próximos 10 anos e agradece sinceramente ao governo da RAE e aos cidadãos a sua confiança e reconhecimento. Na qualidade de primeiro banco emissor de Macau, o BNU continuará a cumprir as suas responsabilidades e obrigações nesse âmbito, garantindo também a operação global de emissão de notas e estabilizando o fornecimento das mesmas em Macau”.

O BNU garante que continuará a tomar a iniciativa de apoiar e cooperar com a política do Governo da RAE de Macau e de se associar a outros setores de Macau, “continuando a contribuir ativamente para o desenvolvimento financeiro, económico e social de Macau”.

O Presidente do Banco da China, Wang Jiang recordou que em 1995, na qualidade de grande banco estatal, o Banco da China emitiu pela primeira vez notas em Patacas de Macau, inaugurando um novo capítulo na história da emissão de divisas de Macau. “A renovação do contrato de agência entre o Governo da RAE de Macau e o Banco da China reflete o reconhecimento e afirmação do Governo da RAE de Macau e do público em geral no trabalho de emissão de notas do Banco da China. Enquanto agente emissor de notas, o Banco da China está empenhado em manter o funcionamento estável do sistema financeiro de Macau e no cumprimento da sua missão”, refere fonte próxima.

“Na qualidade de banco chinês com o mais alto grau de globalização, o Banco da China apoiará, como sempre, as ações do governo da RAE de Macau, oferecendo à comunidade serviços bancários abrangentes, de elevada qualidade, inteligentes e seguros. Além disso, o Banco da China esforça-se por promover a integração de Macau na Área da Grande Baía e tem cooperado com o Governo da RAE de Macau no trabalho de desenvolvimento de Hengqin, no âmbito da cooperação de Zhuhai e Macau. O Banco da China apoia plenamente o desenvolvimento de uma indústria financeira moderna em Macau e contribui para a promoção de um desenvolvimento moderadamente diversificado da economia de Macau, mantendo a estabilidade e o desenvolvimento sustentável de Um País, Dois Sistemas”, segundo fonte.

 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.