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Bolsa de Lisboa não escapa ao desânimo da Europa. Sonae tomba 3%

A Galp Energia e a Sonae Capital negoceiam em contraciclo, com ganhos superiores a 1%.
15 Novembro 2018, 13h36

Apesar de ter arrancado no ‘verde’, a bolsa portuguesa negoceia em terreno negativo a meio da sessão desta quinta-feira, 15 de novembro, influenciada pelo contexto internacional pessimista e pelas quedas generalizadas das cotadas – onde sobressai o tombo de 3,17% da Sonae, para 0,84 euros. Assim sendo, o principal índice português, PSI 20, recua 0,72%, para 4.924,19 pontos.

As ações da Sonae inverteram a tendência da abertura, um depois de a retalhista ter apresentado lucros, após o fecho de mercado de ontem. A ‘dona’ do Continente foi um dos títulos que mereceu mais atenção, uma vez que reportou, horas antes, uma subida nos lucros do terceiro trimestre, para 200 milhões de euros. Também a Jerónimo Martins resvala depois de ter acordado bem disposta (-1,02%).

“Tem sido um ano particularmente difícil para o setor retalhista europeu, que se saldou numa notável underperformance face à maioria dos demais sectores. Os retalhistas europeus estão a ser fustigados por uma dupla concorrência”, referem os analistas do CaixaBank/BPI Research. Numa nota de mercado publicada esta manhã, justificam a posição: “cada retalhista a tentar conquistar uma maior fatia do mercado, sendo obrigado a recorrer a inúmeras promoções. Estas promoções penalizam as margens e os lucros. Adicionalmente, o sector retalhista enfrenta um novo adversário: o e-commerce”.

A Galp Energia (+1,45%, para 14,69 euros) e a Sonae Capital (+1,47%) negoceiam em contraciclo, com ganhos superiores a 1%. A elétrica está a beneficiar da recuperação do petróleo, cuja cotação do barril de Brent, que serve de referência para a Europa, soma agora 1,04%, para 66,81 dólares, enquanto a do crude WTI avança 0,48%, para 56,52 dólares por barril.

A EDP Renováveis desliza 0,64%, para 3,0740 euros. Recorde-se que a energética liderada por João Manuel Manso Neto, por via da EDPR UK Limited, concluiu a venda de 13,4% no projeto eólico offshore Moray, no Reino Unido, por cerca de 64 milhões de euros.

Já a Mota-Engil cai 2,07%, para 1,61 euros, um dia depois de anunciar que, através da sua subsidiária Administradora para el Desarollo-MEM colocou 3 mil milhões de euros de pesos (cerca de 133 milhões de euros) em CERPI.

Na Europa, o índice alemão DAX (+0,24%) e o britânico FTSE 100 (+0,26%) são a exceção e negoceiam com ganhos, enquanto o francês CAC 40 desvaloriza 0,29%, o italiano FTSE MIB perde 0,49% e o holandês AEX recua 0,30%.

Quanto ao mercado cambial, os olhos dos investidores estão na libra, que descamba à medida que o governo britânico dá sinais de discórdia – comprovadas pela vaga de demissões desta manhã. A moeda do Reino Unido está a cair 1,69% perante a divisa dos Estados Unidos (1,2772 dólares). O euro também deprecia 0,07% face ao dólar (1,1366).

“Com os investidores já a pensão num não-acordo, e com a incerteza adicionada agora sobre a continuidade da primeira-ministra à frente do executivo, o preço da libra esterlina dá lugar a todas as frentes. O GBP/USD, uma das principais referências do mercado de câmbio, é um bom reflexo dessa situação. Este nível é o mais baixo da moeda britânica desde 31 de novembro”, refere Aitor Méndez, analista da IG.

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