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Chega exige que Novo Banco devolva 850 milhões de euros ao Fundo de Resolução

Injeção permitida pelo Ministério das Finanças para compensar perdas do banco no exercício de 2019 é, segundo o partido liderado por André Ventura, “um dos casos que mostra bem a incongruência e desfaçatez do Governo”.
9 Maio 2020, 08h20

A direção nacional do Chega reagiu à injeção de 850 milhões de euros do Fundo de Resolução no Novo Banco através de um comunicado em que exige “a devolução desse dinheiro ao Estado enquanto não esteja concluída a auditoria ao Novo Banco,  tal como tinha sido garantido pelo primeiro-ministro”.

”O Chega manifesta a sua mais firme estupefação pela injeção de 850 milhões de euros, aparentemente desconhecida do primeiro-ministro. É caso para perguntar: quem manda no Governo, António Costa ou Mário Centeno?”, lê-se no comunicado, numa referência ao sucedido no debate quinzenal desta quinta-feira, quando o primeiro-ministro negou que o Fundo de Resolução tivesse realizado a transferência, sendo forçado a pedir desculpa ao Bloco de Esquerda na sexta-feira ao descobrir que o Ministério das Finanças tomara tal decisão.

Os 850 milhões de euros saíram dos cofres do Tesouro para o Fundo de Resolução mediante um empréstimo, possibilitando a injeção de 1.037 milhões de euros destinada a compensar os maus resultados do Novo Banco no exercício de 2019, tendo apresentado um  prejuízo de 1.059 milhões de euros.

”Este é um dos casos que mostra bem a incongruência e desfaçatez do Governo: esmifrar à classe média enquanto continua a sustentar a banca, atirando areia para os olhos de todos”, defende o partido presidido por André Ventura.

Tal como o Chega, o apoio ao Novo Banco mereceu críticas do PSD,  do PCP e do PAN, com o líder social-democrata Rui Rio a escrever que “os portugueses não podem continuar a pagar a falência do Banco Espírito Santo indefinidamente, sem que haja, pelo menos, um rigoroso escrutínio às razões que o determinam”.

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