A direção nacional do Chega reagiu à injeção de 850 milhões de euros do Fundo de Resolução no Novo Banco através de um comunicado em que exige “a devolução desse dinheiro ao Estado enquanto não esteja concluída a auditoria ao Novo Banco, tal como tinha sido garantido pelo primeiro-ministro”.
”O Chega manifesta a sua mais firme estupefação pela injeção de 850 milhões de euros, aparentemente desconhecida do primeiro-ministro. É caso para perguntar: quem manda no Governo, António Costa ou Mário Centeno?”, lê-se no comunicado, numa referência ao sucedido no debate quinzenal desta quinta-feira, quando o primeiro-ministro negou que o Fundo de Resolução tivesse realizado a transferência, sendo forçado a pedir desculpa ao Bloco de Esquerda na sexta-feira ao descobrir que o Ministério das Finanças tomara tal decisão.
Os 850 milhões de euros saíram dos cofres do Tesouro para o Fundo de Resolução mediante um empréstimo, possibilitando a injeção de 1.037 milhões de euros destinada a compensar os maus resultados do Novo Banco no exercício de 2019, tendo apresentado um prejuízo de 1.059 milhões de euros.
”Este é um dos casos que mostra bem a incongruência e desfaçatez do Governo: esmifrar à classe média enquanto continua a sustentar a banca, atirando areia para os olhos de todos”, defende o partido presidido por André Ventura.
Tal como o Chega, o apoio ao Novo Banco mereceu críticas do PSD, do PCP e do PAN, com o líder social-democrata Rui Rio a escrever que “os portugueses não podem continuar a pagar a falência do Banco Espírito Santo indefinidamente, sem que haja, pelo menos, um rigoroso escrutínio às razões que o determinam”.
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