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Cimpor alarga greve a mais empresas do grupo e exige “aumentos salariais dignos”

A greve que vai decorrer entre os dias 16 e 19 de abril vai contar com a adesão da Ciarga – Argamassas e também da Cimpor – Serviços e da Sacopor. Os trabalhadores das empresa cimenteira exigem aumentos salariais iguais, em percentagem mas também no valor mínimo e subsídios de turno iguais.
12 Abril 2024, 12h40

A greve dos trabalhadores da Cimpor – Indústria que vai decorrer entre os dias 16 e 19 de abril irá ter também a participação de outras empresas do grupo, como são os casos da Ciarga – Argamassas, da Cimpor – Serviços e da Sacopor, indica em comunicado a Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro (FEVICCOM).

A concentração dos trabalhadores está agendada para as 08h00 junto à entrada das fábricas (Maia, Souselas, Alhandra, Alenquer e Loulé) ao longo dos três dias de greve.

Na base desta greve estão as exigências dos trabalhadores que querem pretendem uma igualdade de tratamento com aqueles que laboram na Cimpor (empresa mãe).

Entre as várias reinvindicações estão os  aumentos salariais iguais, em percentagem mas também no valor mínimo; subsídios de turno iguais, de acordo com os regimes praticados, em particular para os dois turnos com folga fixa ao domingo (270 euros em 2023); 15º mês, para todos os trabalhadores da Ciarga e subsídio de transporte em função da distância entre local de trabalho e local de residência.

Em comunicado, a FEVICCOM considera que a administração da Cimpor “fugiu à negociação e decidiu avançar unilateralmente com uma actualização de 4,5% nos salários e outras matérias pecuniárias, que fica muito aquém das reivindicações dos trabalhadores, para além de recusar negociar a redução do horário semanal de trabalho, melhorias nas carreiras profissionais e a aplicação do apoio na saúde a todos os trabalhadores, reformados e familiares”.

No mesmo documento a federação relembra ainda a compra da Cimpor por parte Taiwan Cement Corporation (TCC) que integra o terceiro maior grupo cimenteiro mundial, com condições económicas e financeiras bastantes para responder positivamente às propostas dos trabalhadores.

“Este investimento numa marca portuguesa que opera em Portugal, Cabo Verde, Costa do Marfim, Camarões e Gana permite à TCC continuar a investir em vários setores no campo da sustentabilidade, incluindo energias renováveis e tecnologias, ao mesmo tempo que continua a sua estratégia de expansão global”, indicou a empresa portuguesa em comunicado no passado mês de março, aquando da conclusão do negócio.

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