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Comércio: China e Estados Unidos de regresso à mesa de negociações

Com a guerra comercial a passar por um período de suspensão, as duas partes continuam a encontrar-se. Essa é a boa notícia – a má é que, para já, os encontros não serviram para nada.
  • Guerra Comercial EUA-China
20 Fevereiro 2019, 07h40

Nova ronda de negociações entre os Estados Unidos e a China arranca esta semana em Washington, mas em redor deste quarto encontro o ambiente continua muito pessimista: os analistas confirmam que as rondas anteriores serviram de pouco e que os encontros desta semana – que acabam na sexta-feira – dificilmente trarão qualquer alteração ao posicionamento entre as duas partes.

O vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, regressa a Washington, mas sabendo que o presidente norte-americano, Donald Trump, de algum modo ‘armadilhou’ a sala de reuniões, ao dizer publicamente que o conflito só terá uma solução depois de ele próprio voltar a encontrar-se com o presidente chinês, Xi Jinping.

Liu He vai reunir-se mais uma vez com o representante do Comércio norte-americano, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, de acordo com uma breve nota publicada no ‘site’ oficial do departamento norte-americano.

A quarta ronda de negociações de alto nível vai terminar a apenas uma semana do prazo acordado para a assinatura de um pacto final, que em princípio deverá acontecer em 1 de março.

Embora os meios de comunicação oficiais chineses tenham abordado “avanços importantes” durante a última ronda de negociações, que terminou na passada sexta-feira em Pequim, nenhum resultado concreto foi alcançado até ao momento.

Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, concordaram uma trégua de 90 dias em 1 de dezembro de 2018, o que significou a suspensão temporária do aumento de 10% a 25% nas tarifas norte-americanas sobre produtos chineses no valor de 200 mil milhões de dólares.

Este montante poderá assim vir a breve prazo a juntar-se às imposições anteriores, que incidiram sobre importações de 250 mil milhões – a que a China ripostou com aumento sobre importações dos Estados Unidos num total de 110 mil milhões de dólares. O presidente Donald Trump ameaçou ainda estender as tarifas para um adicional de 267 mil milhões, o que na prática cobriria praticamente tudo que a China envia para os Estados Unidos.

 

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