[weglot_switcher]

“Contexto político é relevante, mas não é decisivo” para os investidores em Portugal

O responsável de M&A da Howden em Portugal, Francisco Alvim, defendeu esta quarta-feira previsibilidade fiscal e a implementação de políticas que promovam o acesso a fundos, a desburocratização e a promoção do mérito e escolha de soluções de risco transacional em operações de M&A.
6 Março 2024, 10h57

Os portugueses voltam às urnas, para as eleições legislativas, daqui a apenas quatro dias. Até que ponto este processo eleitoral e uma nova legislatura mexem com a disponibilidade de investimento internacional? O responsável pela área de Fusões e Aquisições (M&A) da Howden em Portugal considera que o “contexto político é relevante, mas não é decisivo” para os investidores estrangeiros.

Francisco Alvim defendeu esta quarta-feira previsibilidade fiscal e a implementação de políticas que promovam o acesso a fundos, a desburocratização e a promoção do mérito e escolha de soluções de risco transacional em operações de M&A. Ideias que partilhou esta quarta-feira, na conferência do JE Advisory “Consolidar para Crescer”, organizada esta manhã pelo Jornal Económico (JE).

“Há uma lógica invertida nos incentivos, porque promovem estagnação. É uma cultura portuguesa que se instalou de que se não crescermos mantemo-nos num ambiente atrativo. A lógica dos incentivos deveria ser inversa: promover o arrojo”, alertou o diretor de W&I (M&A – Warranty & Indemnity) da Howden, na mesa redonda subordinada ao tema “Consolidar para Crescer”.

O problema intensifica-se na medida em que “somos um país periférico com falta de geração de capital local que consiga investir aqui, o que nos torna dependentes de fundos europeus ou do investimento direto estrangeiro”, referiu o assessor, na sessão que decorre no Hotel Intercontinental Lisbon.

Questionado sobre os sectores mais dinâmicos no mercado de M&A, Francisco Alvim mencionou o imobiliário, as energias renováveis, as ciências da vida e biotecnologia e o agroalimentar. “Começa-se também a falar novamente de operações interessantes que podem acontecer na área das infraestruturas e transportes”, acrescentou, aproveitando a ocasião para aplaudir a “sofisticação” e “profissionalização” do mercado de M&A e de assessoria em Portugal.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.