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CTT e BCP penalizam praça lisboeta

O BCP (-2%) segue o desânimo da banca na Europa – sobretudo na bolsa de Madrid, onde as instituições bancárias recuam face a uma decisão da justiça que as obriga a pagar um novo imposto de selo relativo ao registo de hipotecas.
  • Paulo Whitaker/Reuters
19 Outubro 2018, 10h41

Depois de ter aberto em alta, a bolsa portuguesa foi contagiada pelo pessimismo dos mercados financeiros europeus e negoceia agora em terreno negativo. Por volta das 10:00 desta manhã de sexta-feira, dia 19 de outubro, o principal índice do mercado português, PSI 20, recuava 0,48%, para 5.035,91 pontos.

A pressionar a praça lisboeta sobretudo as desvalorizações dos CTT – Correios de Portugal, cujos títulos perdem 2,41%, para 3,2400 euros, e BCP, que segue o desânimo da banca na Europa (sobretudo na bolsa de Madrid), e perde 1,97%, para 0,2235 euros. A cair estão ainda: Corticeira Amorim (-1,57%), Jerónimo Martins (-0,31%), Mota-Engil (-2,83%), NOS (-1,24%), Sonae (-1,30%) e Navigator (-2,07%).

Na setor energético, destaque para os ganhos da Galp Energia e EDP – Energias de Portugal, que estão em contraciclo. “A EDP apresentou ontem os seus dados operacionais previsionais para os primeiros nove meses do ano. Durante este período, a capacidade instalada cresceu 2% em termos anuais. A produção total de eletricidade aumentou 5% face ao mesmo período do ano anterior, com um crescimento de 25% na produção a partir de energia renovável”, salientam os analistas do Bankinter, num research de mercado publicado esta manhã.

“Más notícias para o setor bancário. A decisão do Supremo Tribunal, que alterou a sua sentença anterior, deu um duro golpe aos bancos espanhóis, alertando que são as instituições financeiras que devem ser responsabilizadas pelos impostos hipotecários. Um relatório da Moody’s indica que o custo para os bancos como resultado desta decisão será de mais de 4 mil milhões de euros. Isso não é nenhuma brincadeira, ainda mais com o que os bancos estão sofrer este ano com a incerteza política na Europa e as crises emergentes”, refere Sergio Avila Luengo, market analyst da IG.

As principais bolsas europeias negoceiam igualmente no ‘vermelho’. O índice alemão DAX recua 0,44%, o CAC 40 desvaloriza 0,67%, o italiano FTSE MIB perde 1,08%, o espanhol IBEX 35 deprecia 0,60% – onde BBVA (-1,61%), Bankia (-3,29%), Sabadell (-3,56%) e Santander (-1,21%) são alguns dos bancos com quedas mais fortes -, o holandês AEX desliza 0,11%, o britânico FTSE 100 perde 0,09% e o Euro Stoxx 50 recua 0,40%.

No setor petrolífero, a cotação do barril de Brent, que serve de referência para a Europa, avança 0,25% para 79,49 dólares, enquanto a cotação do crude WTI sobe 0,23%, para 68,81 dólares por barril. Quanto ao mercado cambial, destaque para a descida ligeira de 0,03% do euro face ao dólar (1,1450) e a valorização de 0,34% da libra perante a divisa dos Estados Unidos (1,3139).

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