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Decisão de venda da Cofina à Media Capital “terá de ser colegial”, diz Mário Ferreira

Mário Ferreira, maior acionista da Media Capital, quer que o grupo seja diversificado. Proposta de 80 milhões para a compra da Cofina prende-se pelo sucesso da CMTV, Correio da Manhã e das revistas, mas também pelos baixos custos.
23 Agosto 2023, 10h27

O maior acionista da Media Capital, Mário Ferreira, admite que não existem muitas mais novidades em relação à compra da Cofina por parte da dona da TVI. Em entrevista ao jornal “Público”, Mário Ferreira aponta que “a decisão [de venda] terá de ser, espero eu, colegial”, uma vez que a dona do “Correio da Manhã” está cotada na Bolsa de Lisboa.

“Nem é o Mário Ferreira que vai comprar nem o Paulo Fernandes que vai vender…”, confessa o empresário à publicação, mostrando que existem outras questões envolvidas no negócio, nomeadamente os acionistas das duas empresas.

Quando questionado sobre uma potencial dívida para a compra, o empresário indica que esta não será avultada. “Parte do valor dos 80 milhões já é dívida que está na Cofina. Terá de haver talvez um financiamento intervalar, pequeno, de um ano ou dois”, diz, assumindo que “se tiver que ter um aumento de capital pequeno, em torno dos 30 milhões, também se arranja”.

O interesse máximo na dona do “Correio da Manhã”, explica, é pelo facto de terem bons produtos com custos baixos e de possuírem o jornal mais vendido do país. “Mais importante é ter um canal tablóide, a CMTV, que é o que é, um produto bem feito, com custos baixos, ter as revistas [da Cofina] para poder interligar os nossos produtos, e o Correio da Manhã, que é o jornal mais vendido”.

Na mesma entrevista, o dono da Douro Azul deixa também elogios a Paulo Fernandes, fundador da Cofina, que se encontra na proposta oposta de aquisição da Cofina. “O engenheiro Paulo Fernandes é um gestor irrepreensível de um grupo que tem a melhor margem comercial, a Cofina. Dou o mérito a quem o tem. Se não fosse o engenheiro Paulo Fernandes, nunca teria olhado para a Media Capital”, assegurando que foi este que o desafiou a olhar para o sector dos media.

Sobre o futuro da Media Capital, Mário Ferreira quer que este seja “um grupo de media diversificado”. “Temos quatro televisões, às quais estamos a dar força, TVI, CNN, que já é líder, Canal Ficção, e Canal Reality. Este último mais que duplicou as audiências. Somos líderes. Mas vendemos as rádios, e perdemos força”, referindo-se à venda para os alemães da Bauer.

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