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“Devemos agir agora”. Fernando Medina lança Lisboa Capital Verde 2020

A programação do Lisboa Capital Verde 2020 foi apresentada esta quinta-feira em Paços do Concelho. Iniciativa arranca em janeiro 2020 e tem em agenda um conjunto de atividades, inaugurações, eventos e conferências a decorrer ao longo do ano.
  • DR Câmara Municipal Lisboa
16 Maio 2019, 18h37

No próximo ano, Lisboa será a Capital Verde Europeia em 2020 e terá em agenda um conjunto de eventos, atividades, exposições e conferências ao longo do ano com o objetivo de pôr em prática iniciativas relacionadas com a preservação do ambiente.

A apresentação do plano de ação foi feita, esta quinta feira, nos Paços do Concelho com a explicação das principais linhas programáticas, numa sessão em que intervieram o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, o vereador José Sá Fernandes e o comissário europeu Karmenu Vella. A iniciativa verde está prevista para arrancar a 11 de janeiro de 2019, e promete uma cerimónia e um espetáculo de abertura.

“Lisboa será uma grande embaixadora da Capital Verde Europeia e uma grande inspiração para as outras cidades”, afirmou o comissário que salientou “a determinação e a visão politica” para a procura de soluções que combatam as alterações climáticas.

A programação, feita por José Sá Fernandes vereador da Estrutura Verde, Clima e Energia é extensa e transversal a diversas áreas da vida da cidade. Conta com exposições, abertura de mais espaços verdes, conferências, iniciativas culturais, convites à participação, sensibilização da população ou a edição de um Orçamento Participativo verde com destaque para a implementação de medidas e abertura de equipamentos que vão marcar o futuro de Lisboa. (Pode conferir a agenda completa aqui)

“Este é para mim o desafio de uma vida”, afirmou ainda o vereador, que adiantou ainda “uma visão clara” para os objetivos do evento e clarificou que estes não se esgotam nas iniciativas planificadas para o próximo ano. Projetam-se no futuro, desde já a pensar numa estratégia de 2020 para 2030.

Lisboa Capital Verde pretende assim constituir-se num “amplo movimento coletivo de ações concretas para a sustentabilidade ambiental e para fazer de Lisboa uma das vozes mais fortes na resposta ao maior e mais urgente desafio da humanidade: o combate às alterações climáticas”, lê-se na visão apresentada por José Sá Fernandes.

Fernando Medina refletiu sobre a importância do papel dos cidadãos na luta contra as alterações climáticas e vincou que estas não são um problema para o planeta Terra mas sim para o ser humano. “Estamos a falar da nossa vida”, disse, “a qualidade de vida é uma questão de sobrevivência” e as alterações climáticas não constituem um problema a resolver no futuro mas sim hoje.

“O problema é agora”, afirmou o Presidente da Câmara de Lisboa, num discurso feito em inglês dada a presença de convidados internacionais. “Vemos todos os dias sinais de alterações climáticas. Não é ficção”, rematou. “O janela de tempo que temos para mudar o rumo das alterações climáticas é cada vez mais pequena”, salientou. “Devemos agir agora”.

O autarca pretende assim que a Capital Europeia Verde 2020 se transforme num “processo que mobilize todas as energias para a produção de medidas concretas. E queremos que Lisboa seja uma das vozes mais poderosas neste desafio.”

Já para este ano estão previstas algumas iniciativas, como a maior conferência europeia sobre alterações climáticas – ECCA 2020 European Climate Change Adaptation Conference – que decorre entre 28 e 30 de maio no Centro Cultural de Belém e ficará marcada pela apresentação do compromisso de Lisboa para o Ambiente, Clima & Energia.

Em novembro arranca o Orçamento Participativo, cuja verba duplicará para cinco milhões de euros, que serão destinados a projetos relacionados com a agenda verde da cidade e receberão um selo verde ambiental.

A cidade de Lisboa venceu o prémio de Capital Europeia Verde de 2020 em junho do ano passado numa cerimónia que decorreu em Nijmegen, na Holanda.

Segundo a Comissão Europeia, este prémio é atribuído anualmente com o objetivo de reconhecer os esforços das cidades com um plano para se tornarem amigas do ambiente e que envolvam a sua população na sustentabilidade ambiental, social e económica.

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