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Donald Trump com palavra a dizer sobre novo presidente do Banco Mundial

Historicamente, todos os líderes do Banco Mundial têm sido norte-americanos. O novo nome, ou lista de candidatos, vai ser escolhido por Donald Trump, antes de ser submetido ao conselho executivo da organização, que é quem tem a palavra final.
  • AFP Photo/Brendan Smialowski
8 Janeiro 2019, 09h14

O presidente do Banco Mundial apresentou a sua demissão do cargo, três anos antes do final do seu mandato. Jim Yong Kim vai manter-se no cargo até ao final do mês de janeiro, sendo substituído no cargo pela atual número dois da organização Kristalina Georgieva.

“A oportunidade de ir para o setor privado foi inesperada, mas conclui que este é o melhor caminho através do qual eu vou poder fazer o maior impacto em assuntos como as alterações climáticas e o défice de infra-estruturas em mercados emergentes”, disse Jim Yong Kim citado pela Bloomberg.

Nomeado por Barack Obama em 2012, o norte-americano de origem sul coreana Jim Yong Kim iniciou o seu mandato à frente do Banco Mundial em Julho de 2017. Os Estados Unidos são o maior acionista da organização que foi criada após a segunda guerra mundial com o objetivo de reconstruir a Europa.

Historicamente, todos os líderes do Banco Mundial desde 1945 têm sido norte-americanos. Tradicionalmente, o presidente norte-americano nomeia uma pessoa, que depois é submetida ao conselho executivo do Banco Mundial, constituída por vários países, que é quem tem sempre a palavra final na escolha do presidente.

A CNN questionou a Casa Branca sobre se o presidente Trump pretendia escolher o novo presidente ou entregar uma lista de candidatos à organização, mas não obteve respostas.

Recorde-se que o presidente Trump tem criticado instituições multilaterais como a Organização das Nações Unidas (ONU) ou a NATO.

Alguns membros da administração Trump já criticaram ou questionaram o Banco Mundial. O conselheiro de Donald Trump para a segurança nacional, John Bolton, escreveu em 2016 um artigo onde defendia a privatização do Banco Mundial. Já o sub-secretário de Estado do Tesouro para os Assuntos Internacionais, David Malpass, questionou porque é que o Banco Mundial empresta tanto dinheiro à China quando o país já term acesso aos mercados financeiros mundiais.

O Banco Mundial emprestou um total de 64 mil milhões de dólares a países em desenvolvimento no ano fiscal que terminou aa 30 de junho de 2018.

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