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EDP Renováveis vende participação em portefolio eólico ao Grupo Finerge

O acordo, que deverá rondar os 426 milhões de euros e estar concluído no último trimestre do ano, é visto por ambas as empresas como mais um passo nos seus objetivos de médio e longo prazo.
10 Agosto 2020, 18h08

A EDP Renováveis anunciou esta segunda-feira um acordo com o Grupo Finerge, uma das maiores empresas produtoras de energias renováveis em Portugal, para a venda da totalidade da sua participação num portefólio eólico onshore com 242 MW de capacidade operacional instalada, lê-se num comunicado da elétrica à CMVM. O negócio deverá ser concluído por um valor total de aproximadamente 426 milhões de euros.

A EDP Renováveis informa que o acordo, que prevê a concretização do negócio no último trimestre deste ano, inclui sete parques eólicos em operação nas regiões de Ávila e da Catalunha, em Espanha. O enterprise value apurado da transação situa-se nos 507 milhões de euros. Já para a Finerge, a operação representa um aumento de 22% da sua capacidade instalada e o continuar da sua “lógica de expansão e crescimento na Península Ibérica”, onde é já o sexto maior operador eólico.

“Este acordo é um grande marco para nós, pois não só mostra que somos capazes de gerar valor através do desenvolvimento e gestão de projetos, mas também que o mercado reconhece a qualidade dos nossos ativos”, afirmou Rui Teixeira, o CEO interino da EDP Renováveis. “Esta operação permite-nos continuar a implementar o nosso Plano de Negócios, graças à estratégia de rotação de ativos que facilita a monetização dos nossos parques antes de chegarem ao fim da sua vida útil, sempre com o objetivo de acelerar o investimento e, por isso, o crescimento”.

Já Pedro Norton, CEO da Finerge, destaca a importância da aquisição, “que nos garante um lugar de destaque na produção de energia eólica em Espanha. No atual contexto é importante que as empresas continuem a investir. Desse ponto de vista esta aquisição é uma prova de confiança no futuro deste setor”.

A subsidiária para as renováveis da elétrica nacional informa ainda que, com esta operação, consegue ter já executados “40% do objetivo de quatro mil milhões de euros de rotação de ativos para o período 2019-2022”. Esta meta, parte da estratégia de médio prazo da companhia, visa “acelerar a criação de valor, enquanto recicla capital para reinvestir em crescimento rentável”, termina o comunicado.

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