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Espionagem chinesa é a “maior ameaça a longo prazo” para os Estados Unidos, avisa FBI

Christopher Wray diz que Pequim está a intimidar chineses que residam no estrangeiro a regressar por considerar que representam ameaças ao país.
  • Kacper Pempel/Reuters
8 Julho 2020, 11h23

O diretor do FBI, Christopher Wray, afirma que o atos de espionagem, como o roubo de informação, por parte do governo chinês, representam a “maior ameaça a longo prazo” para os Estados Unidos (EUA) e revelou que a China tem vigiado os seus cidadãos a viver no estrangeiro, segundo a imprensa internacional.

Em declarações a partir do Instituto Hudson, em Washington, Christopher Wray referiu que o presidente chinês, Xi Jinping, liderou um programa chamado “Fox Hunt” direcionado para os cidadãos chineses a viver fora do país, que são vistos como ameaças para a China.

“Quando não conseguiu localizar um alvo da Fox Hunt, o governo chinês enviou um emissário para visitar a família do alvo, aqui nos Estados Unidos. A mensagem que transmitiram? O alvo tinha duas opções: regressar à China imediatamente ou cometer suicídio “, sublinhou.

“Estamos a falar de rivais políticos, dissidentes e críticos que procuram expor as extensas violações dos direitos humanos na China”, apontou Christopher Wray. “O governo chinês quer forçá-los a regressar à China e as táticas para conseguir isso são chocantes”, admitiu.

Sobre os ataques do governo chinês ao EUA, Christopher Wray garantiu que “chegamos agora a um ponto em que o FBI está a abrir um novo caso de contrainteligência [espionagem]  relacionado com China a cada 10 horas”. “Dos quase 5 mil casos de contrainteligência ativos atualmente, em todo o país, quase a metade está relacionada à China”, apontou.

O diretor do FBI assegurou também que o governo chinês tem trabalhado no sentido de comprometer as pesquisas cientificas sobre o coronavírus, nos EUA. “A China está empenhada em ser a única superpotência e utilizará todos os meios necessários para consegui-lo”, apontou Christopher Wray.

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