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“Está nas mãos de Marcelo e Costa tirarem Portugal do pântano em que está”, destaca Catarina Martins

“Neste momento está nas mãos do Presidente da República e primeiro-ministro tirarem Portugal do pântano em que está”, salientou a líder do BE em declarações aos jornalistas em Bruxelas.
4 Maio 2023, 16h52

Catarina Martins, líder do Bloco de Esquerda (BE), falou em Bruxelas sobre aquela que poderá a comunicação do Presidente da República ao país esta quinta-feira e colocou em cima da mesa alguns dos cenários possíveis. Para esta líder partidária, o essencial passa pela obrigatoriedade destes dois protagonistas “tirarem Portugal do pântano em que está”.

“Num cenário de maioria absoluta só há duas saídas: ou o Presidente da República decide dissolver o parlamento, convocar eleições e o BE estará preparado para o que houver, ou o Governo tem a capacidade com a maioria absoluta que tem de se reinventar e reorganizar. Neste momento está nas mãos do Presidente da República e primeiro-ministro de tirarem Portugal do pântano em que está”, salienta Catarina Martins.

Em declarações aos jornalistas sobre a polémica em torno do ministro das Infraestrutura, que na passada terça-feira se tentou demitir, não sendo aceite pelo primeiro-ministro. Depois da polémica à volta do ministro João Galamba e do primeiro-ministro António Costa, Catarina Martins afirma que está “é uma forma de governação do Partido Socialista completamente irresponsável, na forma como lida com as empresas públicas e não só”, sublinhando que o caso do ministro João Galamba não é único e que “o primeiro-ministro parece achar isto completamente normal”.

Para a líder do BE em Portugal “temos também o problema da vida das pessoas não estar a ter resposta”, agravando-se agora com a notícia dada pelo Banco Central Europeu (BCE) sobre a subida dos juros da habitação, à qual a líder do BE revela que “os juros da habitação a subirem mais uma vez agora, as pessoas em Portugal já não conseguem pagar a casa e não há um Governo que responda a isto, que responda ao concreto da vida das pessoas”.

Sobre possíveis eleições antecipadas, Catarina Martins defende que o BE tem afirmado que é “sobretudo tempo de agir, ou seja, Portugal precisa de um plano claro para agir sobre os seus maiores problemas, é preciso credibilizar o Governo, um Governo que não tem legitimidade democrática todos os dias para agir” sublinhando que “neste momento estamos com o país paralisado”. A líder do partido revela ainda que não sabe se são necessárias eleições para repor a credibilidade do Governo, mas afirma que “não vale é dizer que esta tudo bem, quando não está e que pode ficar como está”.

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