Jorge Gomes, secretário de Estado da Administração Interna, Vasco Estrela, presidente da Câmara Municipal de Mação, Jaime Marta Soares, Presidente da Liga dos Bombeiros e José Pio, presidente da Câmara Municipal de Gavião, estiveram presentes num debate na TVI24.
Depois de ter sido questionado sobre a alimentação dos bombeiros, um tema que tem dominado a agenda política, Jorge Gomes disse que nunca assistiu a uma situação semelhante, acrescentando que é preciso haver a “tranquilidade de que os nossos bombeiros estão a ser alimentados como devem ser alimentados”, principalmente porque “o Estado paga 22 euros por dia para que os bombeiros sejam bem alimentados”.
“Tive sempre o cuidado de jantar onde os bombeiros jantam, nunca tive nenhum privilégio. Era mais um cidadão e comi sempre bastante bem, mas é preciso saber se isto é generalizado ou se pode haver um caso ou outro”, admitiu o secretário de Estado.
Jorge Gomes disse que não é justo pensar que há dinheiro destinado à alimentação dos bombeiros que está a ser desviado, e por isso ter determinado à Direção Nacional de Auditoria e Fiscalização a abertura de um inquérito “para saber o que está a acontecer de errado nos procedimentos”.
Incêndios
“Nenhum país do mundo tem tudo o que é necessário para situações desta dimensão. Nem que se multiplicassem os aviões e os bombeiros. Podemos sentir o orgulho da estrutura de combate que há em Portugal. Se não fosse isso o país estaria a passar por um momento catastrófico. Mas claro que há situações que têm de ser alteradas, sem dúvida”, disse o presidente da Liga dos Bombeiros.
Aos presidentes das câmaras foi levantada a questão sobre a preparação para o combate às chamas, José Pio disse que estão limitados à aplicação de coimas. “O que as pessoas têm nos perímetros nem sempre é falta de limpeza. São capoeiros, barracões… e eu sinto que o que mais se perdeu no conselho de Gavião foram segundas habitações e pequenos palheiros com lenha, palha para o gado, alfaias agrícolas. Não podemos proibir as pessoas de terem isso nas suas casas porque são materiais fundamentais para elas durante todo o ano. Obviamente que muitos não cumprem a legislação e nessas situações tentamos aplicar contra ordenações, mas de pouco resolve”.
O presidente Câmara Municipal de Mação assinalou a difícil situação, “as pessoas estão tão limitadas com o que é o seu rendimento e se juntarmos estas coimas, ainda as limita mais. Usamos os nossos sapadores florestais para proceder à limpeza florestal”.
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