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Estes países vão ser os maiores produtores de petróleo em 2024

Países da bacia atlântica estão a ganhar avanço face aos tradicionais produtores do Médio Oriente.
3 Janeiro 2024, 13h47

Os Estados Unidos da América vão liderar a produção mundial de petróleo e derivados em 2024, deixando para trás os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

Para este ano, os EUA deverão produzir por dia 19,63 milhões de barris diários de petróleo e derivados. Segue-se a Rússia com 13,65 milhões de barris/dia e a Arábia Saudita com 9,02 milhões barris/dia.

A lista continua com o Canadá (5,84 milhões de barris/dia), China (4,33 milhões de barris/dia), Iraque (4,29 milhões), Brasil (3,77 milhões), Emirados Árabes Unidos (3,23 milhões) e Irão (3,11 milhões).

Os dados são da Agência Internacional de Energia (IEA) e foram compilados pelo “El Economista”.

A ascensão dos EUA ao topo acontece à boleia de uma nova vaga da revolução do petróleo de xisto obtido a partir de fracking ou fraturação hidráulica.

Os EUA passam a controlar assim quase 20% da oferta global de petróleo, deixando de ser dependentes de outros países e passando a vender crude e derivados para o exterior.

Já a Rússia continua a colocar petróleo no mercado apesar dos limites impostos ao preço do seu crude, sendo esta uma via importante para o regime de Vladimir Putin obter receitas para prosseguir com o esforço de guerra na Ucrânia.

Por seu turno, a Arábia Saudita deixa de vez a liderança da produção mundial de petróleo, num momento em que tenta reduzir a produção, a par dos membros da OPEP+, para tentar conter os preços no mercado. Mas perante a ofensiva norte-americana e de países não-membros da OPEP+, esta iniciativa de diminuir os preços parece condenada ao insucesso.

“A mudança no fornecimento mundial de petróleo de produtos chave no Médio Oriente para os Estados Unidos e outros países da bacia atlântica, e o impacto dominante da China e do seu sector petroquímico na procura de petróleo, estão a afetar profundamente o comércio mundial de petróleo”, disse a IEA no seu relatório de dezembro.

“Os mercados a leste do canal do Suez já absorveram a maioria dos fluxos russos após a invasão da Ucrânia assim como o aumento das exportações iranianas, mas agora devem ajustar-se ao aumento dos volumes da bacia atlântica. O aumento da produção e o desacelerar do crescimento da procura vai complicar os esforços pelos produtores principais para defenderem a sua quota de mercado e manter os preços elevados de petróleo”, segundo a IEA.

 

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