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FMI reitera compromisso de combater desequilíbrios económicos de Angola

Durante o encontro em Davos, a diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, terá reiterado o seu compromisso em trabalhar com as autoridades angolanas para combater os desequilíbrios económicos que o país enfrenta.
23 Janeiro 2018, 13h33

A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, encontrou-se esta terça-feira com o presidente de Angola, João Lourenço, no Fórum Económico Mundial, em Davos (Suíça). Durante o encontro, Christine Lagarde terá reiterado o seu compromisso em trabalhar com as autoridades angolanas para combater os desequilíbrios económicos que o país enfrenta.

“A economia está a beneficiar de uma ligeira recuperação, mas os significativos desequilíbrios mantêm-se. As autoridades estão completamente cientes dos desafios e anunciaram ações de política para restaurar a estabilidade macroeconómica”, escreveu o FMI, num comunicado enviado à comunicação social, depois do encontro entre os dois líderes.

O FMI indica que o encontro entre o presidente angolano e a diretora-geral da instituição “foi uma oportunidade para [Christine Lagarde] elogiar o presidente João Lourenço pelos recentes anúncios de políticas” e reiterar que o FMI está comprometido “em trabalhar com as autoridades angolanas para garantir que a economia atinge altas taxas de sustentabilidade e crescimento inclusivo para reduzir a pobreza”.

Em abril do ano passado, o ministro das Finanças angolano, Archer Mangueira, recusou o financiamento do FMI, considerando que o recurso a apoio financeiro “não fazia parte da agenda”. “O nosso plano de endividamento foi aprovado, divulgado e é público”, considerou na altura.

Archer Mangueira viria depois admitir, em outubro do ano passado, a possibilidade de pedir assistência técnica ao FMI e ao Banco Mundial para fazer face às necessidades que o país enfrenta.

Ainda assim, o Banco Mundial reviu em alta a previsão de crescimento de Angola para este ano. No relatório “Perspetivas Económicas Globais”, a instituição financeira internacional antecipa uma expansão na ordem dos 0,7 pontos percentuais para 1,6%.

“Uma recuperação modesta está em curso na África subsaariana, apoiada por uma melhoria nos preços das matérias-primas”, pode ler-se no documento. “O crescimento em Angola deve aumentar para 1,6% em 2018, com uma transição política de sucesso a melhorar a possibilidade de reformas que melhorem o ambiente de negócios”.

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