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Imobiliário: novo governo tem de agilizar processos de oferta a preços mais baixos

“Pode intervir em diversos aspetos: com a disponibilização de parte do seu património, de terrenos, isenção fiscal para construção a custos controlados, parcerias público-privadas”, refere Paulo Caiado, presidente da APEMIP.
11 Março 2024, 07h30

O sector imobiliário, nomeadamente o segmento da habitação, será um dos principais desafios que o próximo governo terá de enfrentar – e o cenário não se afigura de todo fácil, dadas as circunstâncias com que o mercado tem lidado nos últimos tempos. Ao NOVO, o presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), Paulo Caiado, defende que o primeiro passo do novo executivo será o de “agilizar os processos que permitam incrementar a oferta em segmentos de valor mais baixo”, tendo o governo presente que tal só será possível com a intervenção do Estado.

“Pode intervir em diversos aspetos: com a disponibilização de parte do seu património, de terrenos, isenção fiscal para construção a custos controlados, parcerias público-privadas”, refere salientando que o fim de medidas como o fim dos vistos gold, do regime do residente não habitual (RNH) e as limitações do alojamento local (AL) podem ter gerado “boas notícias, mas não geram quaisquer resultados suscetíveis de terem impacto no mercado”.

Sobre o balanço da habitação durante a liderança socialista nos últimos anos, o líder da APEMIP considera que o que faltou foi, no fundo, um planeamento estratégico que deveria ter tido a capacidade de identificar aspetos tão óbvios e as consequências que eles iriam gerar. “Nos últimos dez anos foram edificados menos 700 mil imóveis, quando comparamos com a década anterior”, conclui.

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