“Não nos espera um período fácil. A meteorologia, mais uma vez, sobretudo no que diz respeito ao vento, mantém-se bastante desfavorável, ou melhor, vai favorecer aquilo que é a progressão do incêndio”, afirmou, num ‘briefing’ realizado em Monchique, no distrito de Faro, a 2.ª comandante operacional nacional da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), Patrícia Gaspar.
A zona entre Silves e São Bartolomeu de Messines, no mesmo concelho, é neste início de noite “muito complexa”, tendo as chamas lavrado “praticamente em toda a área entre São Marcos da Serra e Silves, uma área bastante significativa”.
Os principais problemas do combate durante o dia, apontou, foram a orografia, que dificultou o trabalho dos meios terrestres, e “o próprio comportamento do incêndio, que originou muito fumo”, o que impediu uma atuação eficaz dos meios aéreos.
A Proteção Civil irá recorrer durante a noite à maquinaria pesada para abrir aceiros.
Patrícia Gaspar indicou que a GNR tem tentado “andar o mais cedo possível à frente da progressão do incêndio”, evacuando localidades, e repetiu o apelo para que as pessoas cumpram as indicações das autoridades de segurança e socorro.
A autoridade nacional não dispunha, às 20:00, de dados finais sobre o número de pessoas retiradas de suas casas durante a tarde. De manhã, a responsável indicou que havia 181 pessoas deslocadas.
Questionada sobre eventuais falhas nas operações, a 2.ª comandante operacional nacional afirmou que “não houve nenhuma falha” e que a meteorologia provocou “um comportamento absolutamente errático de muito difícil previsão”.
O incêndio deflagrou na sexta-feira em Monchique, lavrando também nos concelhos de Portimão e Silves.
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