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Itália ultrapassa a Bulgária e assume candidatura ao Parlamento Europeu

Votação decorre durante a manhã. Eleição de Pedro Silva Pereira para uma das 14 vice-presidências parece estar também assegurada.
3 Julho 2019, 10h23

O italiano David-Maria Sassoli deverá ser o próximo presidente do Parlamento Europeu, depois de um difícil acordo entre as forças muito pulverizadas que compõem os lugares saídos das eleições de 26 de maio. Sassoli é da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas e foi um dos nomes apresentados pelo Conselho Europeu, depois de uma maratona de três dias que só acabou em cima da hora-limite.

Ska Keller, dos Verdes, Sira Rego, do grupo da Esquerda Unitária, e Jan Zahradil, dos Conservadores e Reformistas, são os restantes candidatos ao cargo, mas tudo indica que Sassoli, um jornalista, será o vencedor.

A votação decorre esta manhã e para que um candidato seja proclamado vencedor precisa de assegurar a maioria absoluta. No caso de na primeira volta os eurodeputados não chegarem a essa marca, será necessário recorrer a uma segunda volta – e assim sucessivamente até à quarta volta, altura em que uma maioria simples será suficiente.

Recorde-se que durante o dia e até à terceira ronda, novos nomes podem ser acrescentados à ‘corrida’. Se o Parlamento chegar à quarta ronda, só a ela passarão os dois candidatos mais votados na terceira.

O búlgaro Sergei Stanishev foi entretanto ‘sacrificado’: depois de o seu nome ter sido dado como certo na presidência do Parlamento, houve um qualquer ‘volte-face’ e Sassoli acabou por tornar-se mais consensual.

Por outro lado, o português Pedro Silva Pereira (PS) é candidato a vice-presidente e não deverá enfrentar grandes dificuldades para ser eleito. Quando for eleito, o novo presidente liderará a eleição dos 14 vice-presidentes – que serão eleitos da mesma forma que o próprio presidente – num ato demorado mas que não costuma reservar qualquer surpresa.

O combate às alterações climáticas, o crescimento económico, o emprego, a igualdade de oportunidades e a justiça social foram apresentadas por Sassoli como as prioridades para a sua presidência – programa que vem no sentido daquilo que os socialistas acrescentaram ao seu próprio programa já depois das eleições de maio.

Nessa altura, ficou claro que as preocupações ambientais estão no topo da lista dos eleitores – que levaram os Verdes a serem um dos vencedores da noite eleitoral – pelo que os restantes partidos se apressaram, quer na Europa quer em vários Estados-membros, a incorporar a questão no topo das suas preocupações.

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