[weglot_switcher]

Joacine Katar Moreira: “É preciso que haja cedências de parte a parte”

Numa curta declaração aos jornalistas, e questionada sobre que cedências seriam necessárias para aproximar a representação parlamentar do grupo de contacto do Livre, Joacine realçou que essas cedências devem ser necessárias para viabilizar “a confiança que foi depositada em nós”.
  • Miguel A. Lopes / Lusa
19 Janeiro 2020, 14h25

Joacine Katar Moreira, deputada única do Livre, realçou, no final do congresso do partido, que “é preciso que haja cedências de parte a parte” para que sejam resolvidos os problemas entre o partido e a representante parlamentar, sendo que a deputada revela estar disponível para também fazer cedências.

Numa curta declaração aos jornalistas, e questionada sobre que cedências seriam necessárias para aproximar a representação parlamentar do grupo de contacto do Livre, Joacine realçou que essas cedências devem ser necessárias para viabilizar “a confiança que foi depositada em nós”.

De acordo com o relatado por alguns canais de televisão presentes no congresso do Livre, Rui Tavares, líder do partido, manteve uma conversa privada com Joacine Katar Moreira perto do final dos trabalhos.

Este sábado, Joacine Katar Moreira apontou que o primeiro dia de congresso foi “complicadíssimo” e que irá “exigir uma reflexão da sua parte”. Por isso, a parlamentar compromete-se com uma análise à “maneira de superar este violento escrutínio”, não “unicamente dos órgãos de comunicação social, mas igualmente de alguns elementos do Livre”. “A maioria dos membros do partido votaram para que houvesse um adiamento e houvesse, especialmente, a hipótese de eu ser verdadeiramente escutada, algo que não tinha verdadeiramente acontecido”, assinalou.

Joacine Katar Moreira considerou que isto demonstra que “a maioria dos membros do partido não está ansioso, e não tem necessidade nenhuma” que a parlamentar “vá embora neste exato momento ou de que a confiança política” lhe seja retirada. “Na minha ótica, isto é mais um voto de confiança”, adiantou.

O Congresso do Livre decidiu no sábado adiar a decisão sobre a retirada de confiança política, proposta pela Assembleia do partido – órgão máximo entre congressos –, numa resolução votada hoje.

Com uma diferença de apenas dois votos (50 contra 52), os membros do Livre decidiram adiar a decisão e deixá-la para os novos órgãos, nomeadamente a nova Assembleia, que inicia mandato após o congresso.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.