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Jorge Rocha de Matos: “Web Summit pede-nos esforço de 90 milhões”

Em declarações ao Jornal Económico, o presidente da Fundação AIP, Rocha de Matos, defende uma solução provisória para acomodar a Web Summit.
  • Cristina Bernardo
14 Junho 2019, 12h15

O presidente da AIP – Associação Industrial Portuguesa quer a urgente negociação de uma solução provisória para o alargamento da FIL no Parque das Nações, de forma a responder às necessidades do maior evento tecnológico em Portugal, a Web Summit. Para Jorge Rocha de Matos, só será possível construir o projeto de expansão definitivo da FIL durante um período dilatado de 10 anos. Será um investimento, faseado, de 150 milhões de euros, incomportável se for concentrado em três anos.

Em entrevista ao Jornal Económico (acesso pago), Jorge Rocha de Matos explica que o alargamento da capacidade ao longo de uma década é a “lógica que nos nos parece certa, conforme íamos descendo o nosso endividamento, íamos fazendo novos investimentos, de forma a acomodarmos o novo investimento sem acumularmos um custo financeiro excessivo”. “Face às necessidades da Web Summit, constatamos que o nosso modelo não estava preparado para a área total pretendida. Em termos efetivos, pedem-nos para antecipar a oferta de instalações até 2022. Mas primeiro temos de ver como é que é do financiamento. Nós não temos condições para fazer isso. O nosso projeto de crescimento é faseado a 10 anos e aí estamos preparados para o enfrentar. Mas uma antecipação terá custos acrescidos que nós não temos condições de enfrentar”, diz.

Uma antecipação das instalações significaria um custo de 90 milhões de euros, refere. “O que estava inicialmente previsto eram 150 milhões de euros. Note-se que esta antecipação não ia alterar esses 150 milhões. Simplesmente ia concentrar em três anos um valor de 90 milhões de euros que antes ficava distribuído ao longo de vários anos”, acrescenta Rocha de Matos, numa entrevista ao semanário, que chegou esta sexta-feira às bancas.

Jorge Rocha de Matos acrescenta ainda que o projeto de expansão da FIL continuará o seu caminho na linha programada a 10 anos. “O ano de 2019 pode implicar uma diferente base de negociação, em tempo – que ainda estamos a negociar – por isso defendo que temos de encontrar soluções transitórias que permitam responder às necessidades do Web Summit, e que não sejam já com instalações definitivas”.

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