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Juncker envolvido em investigação judicial por escutas ilegais

Na segunda-feira passada, o juiz de instrução Eric Shammo iniciou um inquérito sobre se as autoridades que trabalhavam com Jean-Claude Juncker teriam falsificado provas cruciais para uma investigação parlamentar e judicial em 2012 e 2013.
  • Jean Claude Juncker
13 Dezembro 2017, 10h26

O presidente da Comissão Europeia enfrenta acusações de que os seus funcionários transmitiram informações imprecisas durante uma investigação que envolve uma alegada escuta telefónica ilegal há mais de dez anos, quando era primeiro ministro do Luxemburgo.

Jean-Claude Juncker está, assim, envolvido numa investigação criminal relacionada com alegações de que “adulterou” provas que induziram em erro um inquérito sobre essa escuta telefónica, revela o jornal britânico The Times esta quarta-feira.

Ao que apurou o diário britânico, na semana passada, um juiz luxemburguês abriu um inquérito criminal sobre se os funcionários que trabalhavam para o atual líder da Comissão Europeia eram responsáveis ​​por uma transcrição incompleta de uma conversa gravada, que poderá ter disfarçado o seu alegado papel na escuta.

Na segunda-feira passada, o juiz de instrução Eric Shammo iniciou um inquérito sobre se as autoridades que trabalhavam com Jean-Claude Juncker teriam falsificado provas cruciais para uma investigação parlamentar e judicial em 2012 e 2013. Em causa está a transcrição de uma conversa secreta de janeiro de 2007 entre o presidente da Comissão Europeia e Marco Mille, o então chefe dos serviços de segurança do Luxemburgo – a SREL.

A notícia surge no dia em que o Parlamento Europeu vai debater e votar, em sessão plenária, uma resolução que recomenda a passagem à segunda fase das negociações entre Bruxelas e Londres sobre o ‘Brexit’, na véspera do início de um Conselho Europeu.

Os eurodeputados irão debater e votar esta quarta-feira a resolução sobre o ponto de situação das negociações entre a União Europeia e Londres sobre os termos do ‘divórcio’, depois de, na sexta-feira, a Comissão Europeia ter recomendado aos Estados-membros que se passe à segunda fase das negociações sobre as futuras relações.

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