A líder do grupo parlamentar do PAN – Pessoas, Animais, Natureza, Inês Sousa Real, criticou a “casmurrice de festejar de forma igual” o 25 de Abril no Parlamento, apesar de “estarmos num contexto completamente diferente” que, no seu entender, aconselharia a presença de apenas um deputado de cada partido e o recurso à participação por videoconferência.
Em declarações à SIC Notícias, que também ouviu por videoconferência os deputados João Cotrim Figueiredo, do Iniciativa Liberal, e André Ventura, do Chega, igualmente críticos do modelo de cerimónia, Inês Sousa Real apontou ainda a desigualdade no tratamento dado por Eduardo Ferro Rodrigues a alguns partidos. “Quando chegámos à conferência de líderes, foi-nos comunicado o que fora decidido pelo presidente da Assembleia da República, conversado com o Presidente da República e combinado com o PS e o PSD”, disse a deputada.
Também João Cotrim Figueiredo salientou que “a maioria dos portugueses acharão que as comemorações vão dar um sinal equívoco”e que se deve parar de desviar o assunto “para uma discussão errada”, apontando aos críticos do modelo defendido por Ferro Rodrigues falta de vontade de festejar o 46.° aniversário da Revolução dos Cravos. O deputado considerou “lamentável que a questão seja posta nesses termos” e destacou que a Iniciativa Liberal é o único partido que celebra de igual modo o 25 de Abril e o 25 de Novembro.
Por seu lado, André Ventura insistiu na “incoerência estrutural que o Parlamento demonstra” ao manter o mesmo modelo de celebração enquanto as normas do Estado de Emergência implicam que “se diga às pessoas que fiquem nas suas casas”. Para o deputado do Chega, embora a Assembleia da República se mantenha em funcionamento “para decidir coisas que fazem toda a diferença na vida dos cidadãos”, deveria seguir-se o exemplo do Papa Francisco aquando da celebração da Páscoa no Vaticano.
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