O Grupo de Contacto (direção) do Livre comprometeu-se hoje em resolver rapidamente o impasse em que o partido se encontra e falou em ”continuidade” de pessoas e ideias, no discurso de encerramento do IX Congresso do Livre.
No encerramento do IX Congresso do partido Livre, em Lisboa, o Grupo de Contacto (GC) eleito, pela lista ‘A’, por intermédio de Isabel Mendes Lopes, sublinhou a importância de resolver “rapidamente este impasse em que o partido se encontra”.
Dos 15 membros que compõem o Grupo de Contacto atual, oito são novos, sendo os restantes já membros do GC anterior, no entanto, o grupo sublinha que a votação “foi clara” e que cabe à assembleia decidir sobre a questão da retirada de confiança política à única deputada eleita do partido, Joacine Katar Moreira.
“O congresso votou pela continuidade das pessoas, ideias, e formas de trabalhar, dando um claro voto de confiança e de legitimidade aos novos órgãos”, disse Isabel Mendes Lopes, membro do Grupo de Contacto que entra agora em funções.
A direção admite que os próximos dois anos não serão fáceis, mas acrescenta que “o Livre nunca teve a vida fácil” e que já renasceu “de várias mortes anunciadas”.
O novo Grupo de Contacto relembrou a característica única do Livre, a eleição de candidatos para eleições através de primárias, dizendo que este processo já lhes trouxe “pessoas excecionais”.
“O Livre é de facto um partido diferente e que faz as coisas de forma diferente” o que implica, segundo o GC, “uma forma muito mais escrutinada de fazer política”.
As autárquicas assumem-se como um desafio para o Livre, que, segundo o GC agora eleito, continuará “sempre a procurar entendimentos com forças de esquerda e progressistas”
Quanto às presidenciais, o Grupo de Contacto reitera o espelhado na moção estratégica, afirmando que vai apoiar uma candidatura que dê prioridade aos princípios do partido.
“Procuraremos apoiar uma candidatura que à Presidência da República que dê prioridade aos nossos princípios: de liberdades e direitos cívicos; de igualdade e da justiça social; do aprofundamento da democracia em Portugal e da construção de uma democracia europeia; bem como da ecologia, da sustentabilidade e da solidariedade intergeracional”, afirmaram.
O discurso relembrou as bandeiras eleitorais do Livre, entre as quais, a ecologia, o europeísmo e a luta pela igualdade social e assumem a ambição de ser “o partido partilhado do século XXI”.
“As ideias e os princípios do Livre são o seu maior património”, reiterou Isabel Mendes Lopes.
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