Os envolvidos são diferentes; a seu tempo, Theresa May substituiu David Cameron e possivelmente Liz Truss substituirá Boris Johnson. Os tempos são diferentes, os porquês das saídas dos primeiros-ministros são imensamente diferentes, as mulheres que os substituem são necessariamente diferentes. O problema é que ambas, May e Truss, têm outra coisa em comum: o projeto de governo que têm de levar por diante não é delas – e pela mesma razão: ambas eram contra o Brexit. Como Theresa May, Liz Truss terá todos os dias que deixar uma parte de si em casa quando for tomar conta do executivo e isso, mesmo que não faça toda a diferença, há de fazer alguma diferença.
Ainda ministra das Relações Exteriores do Reino Unido, Truss permaneceu leal a Boris Johnson enquanto este protagonizava as suas pantominas engraçadas mas pouco credibilizantes, muito desajustadas do lugar que ocupava depois de conseguir uma maioria absoluta muito significativa e muito inesperada.
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