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Madeira: JPP acusa Governo Regional de ganhar dinheiro com as mais altas taxas aeroportuárias do País

Élvio Sousa recordou que “o prometido foi convergir para os valores de Lisboa ou seja, reduzir as taxas”, lembrando o então Secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, “que, além de prometer que ia baixar as taxas aeroportuárias fez a assinatura deste acordo”.
3 Dezembro 2021, 15h15

O líder parlamentar do Juntos pelo Povo (JPP), Élvio Sousa, acusa o Governo Regional da Madeira de receber dinheiro, mais precisamente 1% da receita bruta dos aeroportos geridos pela VINCI, à custa das mais altas taxas aeroportuárias praticadas a nível nacional, e de “deliberadamente, omitir a verdade à população”.

“Os madeirenses e os porto-santenses merecem saber a verdade”, referiu.

Élvio Sousa sublinha que esta informação está plasmada no “Acordo Quadro a que o JPP teve acesso, celebrado entre a Região e o Estado, fruto do trabalho de fiscalização da ação governativa” que tem vindo a ser desenvolvido, pelo JPP.

“Paralelamente, com o contrato administrativo de exploração dos aeroportos, celebrado entre o Estado e a Região, com início a 14 de dezembro de 2012 e com o prazo de 50 anos, a Região recebeu 80 milhões que foram direitinhos para o servido da dívida”, destacou o deputado.

Mas para Élvio Sousa, “o mais importante são as taxas aeroportuárias, que não foram acauteladas pelos Governos, quer regional, quer nacional, ambos do PSD/CDS”.

Élvio Sousa recordou que “o prometido foi convergir para os valores de Lisboa ou seja, reduzir as taxas”, lembrando o então Secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, “que, além de prometer que ia baixar as taxas aeroportuárias fez a assinatura deste acordo”.

“Percorremos o encalço da promessa deste executivo. Miguel Albuquerque disse, há 15 dias que estava a fazer todos os esforços para baixar as taxas aeroportuárias da Região que, como sabemos, são as mais altas taxas aeroportuárias da rede de aeroportos a nível nacional. Isto, depois da própria direção executiva da ANA deliberar aumentar as taxas aeroportuárias para a Região, num valor médio de 1.18%”, reforçou.

“Ou seja, estamos perante a previsão de mais um aumento das taxas aeroportuárias para o próximo ano, quando o executivo de Miguel Albuquerque diz que está a fazer esforços para baixar, afinal, em que ficamos”, questionou.

O deputado destacou ainda que no âmbito do Acordo Quadro “a Região vai encher os cofres à custa das taxas aeroportuárias”.

“E é este género de contratos que são feitos nas costas dos madeirenses, onde a Região pode vir a receber milhares e milhares de euros, à custa do esforço financeiro dos madeirenses e visitantes, que se veem situações pouco claras que a população precisa de saber”, salientou.

“Por isso estamos a informar e vamos disponibilizar à população o contrato e deixar ao critério dos madeirenses a sua interpretação. A forma como foi efetivada a venda da soberania do aeroporto, a única porta de entrada da Madeira, sem a auscultação da população”, concluiu.

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