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Mais produtivas que as portuguesas, filiais de empresas estrangeiras pertencem a espanhóis, franceses e alemães

Segundo INE, a produtividade média aparente do trabalho foi superior nas filiais de empresas estrangeiras, comparativamente às sociedades nacionais, em cerca de 18,1 mil euros.
19 Novembro 2018, 11h17

Em 2017, existiam 6.455 filiais de empresas estrangeiras a operar em Portugal o que correspondeu a 1,6% do total das sociedades não financeiras, menos 0,1 pontos percentuais (p.p.) face ao verificado no ano anterior, representando ainda um crescimento de 0,5% face ao ano anterior (sendo que o aumento havia sido de 2,9% em 2016), de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística revelados esta segunda-feria, dia 19.

Nas Estatísticas de Globalização (2016-2017) agora reveladas foi ainda apurado que a produtividade média aparente do trabalho foi superior nas filiais de empresas estrangeiras, comparativamente às sociedades nacionais, em cerca de 18,1 mil euros. Cerca de 75% das filiais eram controladas por empresas sediadas em Estados-Membros da União Europeia, com especial destaque para Espanha, França e Alemanha.

Estas filiais tinham perto de 448 mil pessoas ao serviço (15,2% do pessoal ao serviço das sociedades não financeiras), o que corresponde a um crescimento de 5,0%. A remuneração média mensal por pessoa ao serviço remunerada registou 1 351 euros em 2017, valor mais elevado para o período em análise. Também a taxa de investimento foi superior nas filiais estrangeiras, atingindo 24,2% (20,6% nas sociedades nacionais).

O VAB destas empresas aumentou 5,3% em termos nominais (mais 6,1% em 2016), atingindo um valor de 20,5 mil milhões de euros. As remunerações registaram um crescimento de 6,5% (tendo aumentado 4,2% em 2016) correspondendo a 8,4 mil milhões de euros. Deste modo, o peso das remunerações no VAB aumentou de 40,5% em 2016 para 41,0% em 2017.

No conjunto das outras sociedades, o VAB cresceu 8,9% e 5,9% respetivamente em 2017 e 2016, as remunerações aumentaram 7,4% e 4,8%, pela mesma ordem, e o peso destas no VAB reduziu-se de 49,4% em 2016 para 48,8% em 2017.

Do total do VAB gerado pelas filiais estrangeiras a operar em Portugal, 74,5% respeitava a sociedades detidas por entidades sediadas em países da União Europeia.

 

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