Segundo adianta a Lusa, e em declarações aos jornalistas depois de visitar o Centro de Desenvolvimento da Criança Torrado da Silva, no Hospital Garcia de Orta, em Almada, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que, “se a evolução [da economia portuguesa] continuar a ser aquela que tem sido – estamos agora no princípio de junho –, até setembro parece justo, parece justo haver aquilo que vai reforçar a confiança dos investidores na economia”, referindo-se a uma revisão do rating da dívida pública portuguesa. No entanto, revelou alguma cautela ao ressalvar: “Vamos ver se isso ocorre a partir de setembro.”
O Chefe de Estado disse ainda que já na passada segunda-feira havia ouvido defender essa possibilidade, à margem das Conferências do Estoril: “Ainda ontem [segunda-feira] estive nas Conferências do Estoril, estavam lá responsáveis financeiros europeus e todos eles elogiavam a evolução económica portuguesa. E vários deles diziam – para não dizer todos – que esperavam que isso viesse a ser reconhecido pelas agências de rating, em particular por aquelas que têm a notação mais baixa”, disse.
O Presidente da República não é o único a defender uma revisão da notação da dívida nacional. Ainda hoje, Pierre Moscovici, comissário europeu dos Assuntos Económicos, advogou também uma avaliação mais positiva por parte das agências de notação financeira, à luz do desempenho económico de Portugal. O comissário reforçou que a saída de Portugal do PDE “recompensa os esforços importantes que foram feitos” e que as agências de rating deram conta de “uma orientação positiva” da economia lusa, ainda que não tenham alterado a sua classificação.
Também António Costa defendeu fazer “pouco sentido” que as agências de notação financeira mantenham a notação de Portugal “como se nada tivesse acontecido desde 2011” na situação económica e financeira do país.
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