O comentador da SIC, Luís Marques Mendes, admite que já não se indigna com as declarações dos gestores envolvidos nas dívidas do Novo Banco, mas que “os portugueses deviam indignar-se com estes senhores”, uma vez que dão uma “imagem inqualificável” ao país.
Abordando em específico a audição a Nuno Vasconcellos, cuja audição decorreu esta semana e ficou marcada por não ter uma hora de duração e de ter sido abruptamente terminada por falta de respostas, Marques Mendes assume que o gestor a viver no Brasil foi “o pior de todos”.
“Talvez o pior de todos, porque pensa que ainda lhe devemos dinheiro”, referiu o ex-presidente do PSD falando do ex-gestor da Ongoing, mas falando de nomes como Luís Filipe Vieira, Moniz da Maia e Gama Leão.
“Acho que é inqualificável a imagem que estes senhores têm dado de si próprios ao país. É uma imagem de maus empresários, maus gestores, pessoas sem carácter, sem princípios, sem regras e sem valores, com muita arrogância, com enorme descaramento, para não dizer uma lata do outro mundo, e sem um pingo de vergonha”, considerou o comentador.
Dando um exemplo de Nuno Vasconcellos, mas que se poderia aplicar a todos os intervenientes auditados no parlamento referentes a dívidas no Novo Banco, Marques Mendes aponta que a situação é mais grave do que não ter dinheiro e não ter vergonha (referindo-se a uma coluna de Bruno Faria Lopes).
“Eles dinheiro têm. As empresas estão na falência, as dívidas e os calotes estão lá no banco e o Estado a pagar por trás. Mas eles estão todos bem na vida. Não têm dificuldades financeiras, até vivem à grande e à francesa e, portanto, é uma falta de vergonha. São quase inimputáveis e as pessoas devem indignar-se com isto”, vincou.
Ainda assim, o comentador elogiou os deputados Mariana Mortágua, Cecília Meireles e Fernando Negrão devido às suas posturas durante as audições.
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com