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Mercado de escritórios: Lisboa desce 52%, Porto sobe 120%

A norte registou-se um dos melhores meses do ano com uma ocupação de 8.070 m2, ao passo que em Lisboa a atividade abrandou para 4.642 m2.
19 Outubro 2020, 11h16

O mercado de escritórios deu sinais distintos em Lisboa e no Porto, no mês de setembro. Enquanto a norte se registou um dos melhores meses do ano, com uma ocupação de 8.070 m2, o que correspondeu a um crescimento de 120% face ao período homólogo do ano anterior, em Lisboa a atividade verificou um abrandamento para os 4.642 m2, o que corresponde a uma descida de 52% face a 2019, de acordo com o Office Flashpoint da consultora JLL divulgado esta segunda-feira, 19 de outubro.

Apesar ter registado mais operações (nove), Lisboa teve uma área média de 516 m2, com os 4.642 m2 a representarem uma descida de 65% face ao mês anterior. A zona mais ativa de setembro foi o Parque das Nações, com 48% da atividade.

No Porto foram registadas sete transações, com uma área média de 1.153 m2, sendo a área ocupada neste mês semelhante à do mês homólogo e acima dos cerca de 500 m2 observados em agosto. A baixa da Invicta foi a zona mais dinâmica, com 63% da ocupação, acolhendo a maior operação do mês, com a expansão da Natixis no Porto Business Plaza em cerca de 4.400 m2.

No acumulado do ano, o Porto está 28% acima de 2019, com 38.650 m2 ocupados entre janeiro e setembro, num total de 35 operações e uma área média de 1.104m2. Por seu turno, a atividade anual em Lisboa regista uma queda de 30% face a 2019, atingindo os 102.041 m2 de ocupação. Nos primeiros nove meses do ano foram concretizadas 71 operações com uma área média de 1.437 m2.

Mariana Rosa, Head of Office/Logistics Agency & Transaction Management da JLL, refere que “setembro marcou a volta de muitos colaboradores aos escritórios numa base mais constante, após meses de ausência devido à pandemia. Contudo, esta vontade de reativar o dia-a-dia ainda não se traduziu na procura de novos espaços em Lisboa”.

A responsável explica que no Porto, “assistimos a uma fase diferente de maturidade, o panorama em setembro foi bem mais positivo do que em Lisboa, pelo que, mesmo num contexto como o atual, pode apresentar um desempenho mais favorável, especialmente na comparação com o ano passado”.

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