O Millennium bcp vai propor aos acionistas, na assembleia-geral de 20 de maio, não pagar dividendos dos lucros de 2019, devido à crise provocada pela epidemia do coronavírus. A decisão foi tomada em Conselho de Administração. “Tal proposta visa garantir que o banco está mais preparado para fazer face ao presente contexto de incerteza, tendo o conselho de administração reiterado a determinação de, uma vez ultrapassada a crise e na medida em que o banco e a economia nacional iniciem a sua recuperação, retomar a política de dividendos aprovada“, assegura o banco.
Na mesma reunião o BCP decidiu avançar com a reposição de remunerações dos trabalhadores. O banco liderado por Miguel Maya anunciou que manter a compensação aos trabalhadores que, entre junho de 2014 e junho de 2017, aceitaram uma redução temporária dos salários. Assim vai pagar até 1.000 euros aos trabalhadores que não foram já integralmente compensados com os resultados distribuídos em 2019, o que soma 5,28 milhões de euros.
O BCP tinha previsto fazer uma proposta “conservadora” de pagamento de dividendos. No ano passado, o BCP tinha voltado a pagar dividendos, depois de anos de abstinência por causa da crise financeira. O banco distribuiu em 2019, por conta dos lucros de 2018, um dividendo de 2 cêntimos por ação, num total de 30,2 milhões. A primeira remuneração que o banco fez aos acionistas desde 2011 correspondeu a um dividend payout ratio de 10%. O caminho traçado era vir poder pagar até 40% dos lucros aos acionistas. Mas esse objetivo ficou agora adiado. No ano passado, o banco apresentou lucros de 302 milhões e o CEO referiu que iria apresentar aos acionistas uma proposta de “grande prudência”.
Artigo publicado no Jornal Económico de 27-03-2020. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor
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