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Ministra da Saúde: Lar de idosos em Famalicão devia ter plano de contingência

Este lar conta com um total de oito trabalhadores contagiados pelo novo coronavírus (Covid-19), deixando assim 33 utentes a serem tratados somente por dois funcionários.
  • Marta Temido, ministra da Saúde
22 Março 2020, 13h39

A ministra da Saúde defendeu hoje que o lar de idosos privado em Vila Nova de Famalicão devia ter um plano de contingência em vigor para enfrentar a atual crise do coronavírus.

Este lar conta com um total de oito trabalhadores contagiados pelo novo coronavírus (Covid-19), deixando assim 33 utentes a serem tratados somente por dois funcionários.

“Tinham que ter pensado [num plano de contingência] porque essa informação foi disseminada há bastantes dias ou semanas”, começou por dizer a ministra da Saúde este domingo na conferência de imprensa diária habitual.

Existem quatro instituições que cuidam de idosos em Portugal com casos confirmados de coronavírus: dois na região de Lisboa e Vale do Tejo e dois na região Norte.

“Preparar-se para responder a uma situação deste tipo: ter profissionais de segunda linha prevenidos para intervir, ter as equipas a funcionar em espelho, para cada um que está a trabalhar ter outro em casa para se proteger, em turnos rotativos semanais”, acrescentou Marta Temido.

“Sei que isso tudo é muito difícil e que as entidades não tem meios para isso acontecer. O que é importante que as cadeias de responsabilidade das instituições possam agilizar soluções com outras entidades”, destacou a ministra.

“Não podemos deixar 33 pessoas numa entidade, que por acaso não é do Estado, só com dois colaboradores. Não podemos internar essas pessoas, nem transferi-las para outros lares. Temos de garantir soluções para aquele caso concreto”, afirmou.

Portugal conta com um total de 1.600 casos confirmados com o novo coronavírus (Covid-19), 320 novos casos, anunciou hoje a Direção-Geral da Saúde (DGS).

O país conta agora com 14 vítimas mortais a registar, face às 12 mortes registadas até ontem, com 5 registadas a norte, 4 no centro, 4 em Lisboa e Vale do Tejo e 1 no Algarve.

Por casos confirmados, a região Norte é que conta com mais casos (825), seguida de Lisboa e Vale do Tejo (534), Centro (180), Algarve (35) e Alentejo (5).

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