[weglot_switcher]

Motoristas respondem a Marcelo: “Antes de chegar a estes meios, foram tentados outros”

Pedro Pardal Henriques, vice-presidente do SNMMP, disse ainda que os motoristas não concordaram com a providência cautelar apresentada por cinco empresas de transporte.
  • pedro-pardal-henriques
    António Pedro Santos / Lusa
6 Agosto 2019, 19h35

Pedro Pardal Henriques, vice-presidente do SNMMP, comentou ao final da tarde desta terça-feira as palavras de Marcelo Rebelo de Sousa para dizer que, os motoristas, “antes de chegarem a estes meios, foram tentados outros mas esbarraram na prepotência e arrogância da ANTRAM”.

Marcelo Rebelo de Sousa falou esta terça-feira sobre a greve dos motoristas de combustíveis agendada para a próxima segunda-feira, dia 12 de agosto. Numa altura em que continua a não existir um entendimento entre os motoristas e o Governo, o Presidente da República, avisa que “os meios começam a comprometer os fins”, e que “uma coisa é uma greve que é vista e dirigida contra os patrões, ou contra os patrões e o Estado” e que outra “é uma greve contra os patrões, o Estado e muitos portugueses”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa em declarações à imprensa.

“Todas as greves impõem sacrifícios como nós sabemos, maiores ou menores. Qual é a melhor maneira para realizar certos objetivos? É conseguir melhorar as condições de laborais, nas cargas e descargas ou em qualquer outra área? Deve ser continuar a negociação, promover a negociação, nomeadamente com outras unidades sindicais que estão a negociar e obter algumas vantagens, ou deve ser ir para a greve?”, questionou o Presidente da República.

Providência cautelar é “manifestação de força”

Sobre a apresentação da providência cautelar por parte de cinco transportadoras, Pedro Pardal Henriques manifestou não concordar com a mesma, uma vez que “esta ação visa evitar um direito constitucional e é apenas uma manifestação de força”.

Cinco transportadoras vão dar entrada esta quarta-feira com uma providência cautelar a pedir a ilegalidade do pré-aviso de greve dos motoristas, disse o advogado Carlos Barroso à Lusa, do escritório que representa essas empresas.

O advogado não quis identificar as empresas que metem a ação, referindo apenas que são de diferentes dimensões, sendo três empresas de matérias perigosas (combustíveis, explosivos e gás e outras matérias perigosas) e duas empresas de carga geral (uma que atua sobretudo no setor da distribuição e outra em contentores e atividade portuária).

 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.