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Movimento a Pão e Água. Costa diz que Governo só se vai reunir com associações representativas dos sectores

“Se cada pessoa que está a sofrer, e são muitas, resolver fazer um protesto a dizer que quer falar com o primeiro-ministro, ou quer quer falar com o Presidente da Republica, obviamente isso não é possível”, disse hoje António Costa sobre as reivindicações do Movimento “Sobreviver a Pão e Água”.
  • Cristina Bernardo
2 Dezembro 2020, 11h56

O primeiro-ministro disse hoje que o Governo só se vai reunir com associações representativas dos sectores económicos, rejeitando a possibilidade de reuniões com cidadãos se não representarem associações.

“O Governo tem mantido contacto permanente com todos os sectores de atividade. Temos de nos reunir com associações representativas, porque se cada pessoa que está a sofrer, e são muitas, resolver fazer um protesto a dizer que quer falar com o primeiro-ministro, quer falar com o Presidente da Republica, obviamente isso não é possível”, disse hoje António Costa à RTP.

O primeiro-ministro respondia a questões acerca do protesto de vários empresários da restauração ou de animação noturna que estão em greve de fome em frente à Assembleia da República, que pertencem ao movimento “Sobreviver a Pão e Água”.

António Costa respondeu às críticas feitas por este movimento que o Governo tem rejeitado receber representantes seus para abordar soluções para o sector, apontando que um dos membros, José Gouveia, já se reuniu com membros do executivo.

“O senhor José Gouveia, que está na Associação Nacional de Discotecas, esteve reunido no passado dia 18 de novembro com a secretária de Estado do Turismo e o secretário de Estado do Comercio. Ainda ontem o secretário de Estado do Comercio e a secretária de Estado do Turismo mostraram disponibilidade para se voltarem a reunir amanha”, afirmou o primeiro-ministro.

“Só no setor da restauração o conjunto de medidas de apoio totalizam 1.100 milhões de euros, a fundo perdido. O setor da animação noturna tem direito ao programa Apoiar e direito a uma majoração de 50%. Tem tido um tratamento para que apoios possam ser maiores. Não é verdade que os contribuintes não estejam a fazer grandes esforço para apoiar as empresas”, disse quando questionado sobre os apoios para estes sectores.

Sobre o programa Apoiar disse que já foram recebidas 26 mil candidaturas e que os apoios “começarão rapidamente a ser pagos”.

Sobre as reivindicações do movimento, Costa disse que “muitas das 16 questões já existem, outras não são aceitáveis como os apoios serem concedidos independentemente das pessoas terem regularizado ou não a sua situação perante o fisco ou a Segurança Social, isto não é aceitável. O esforço de solidariedade implica que cada um cumpra o seu dever. Quem não tiver em dia, pode regularizar”.

“Depois há um conjunto de medidas a serem trabalhadas, designadamente no que diz respeito às rendas, os custos fixos são os custos de trabalho e as rendas”, destacou.

O primeiro-ministro disse também que Portugal é um dos “poucos países da Eueopa onde a restauração esta a funcionar”.

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